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Sábado, Dezembro 21, 2024

Não te escrevo texto nenhum raios me partam aos textos!

Vitor Burity da Silva
Vitor Burity da Silva
Professor Doutor Catedrático, Ph.D em Filosofia das Ciências Políticas Pós-Doutorado em Filosofia, Sociologia e Literatura (UR) Pós-Doutorado em Ciências da Educação e Psicologia (PT) Investigador - Universidade de Évora Membro associação portuguesa de Filosofia Membro da associação portuguesa de Escritores

Não te vou escrever texto nenhum, vou apenas dizer-te que te amo como as palavras levadas não explicam, fica o sabor nos poros o suor da saudade volta amor.

Hoje a bruma sorve e desce do céu aquele silêncio que me contavas quando cantavas alegrias lembras-te?, hoje, a minha orla é a imensidão do todo, essa viagem pelos tempos que florescem doçuras sabes, amo-te!

Não te vou escrever texto nenhum, vou apenas dizer-te que te amo como as palavras levadas não explicam, fica o sabor nos poros o suor da saudade volta amor.

Um dia como o de hoje é um dia como o de ontem, sei que amanhã será na mesma o mesmo e tu a minha na mesma, esse recado é cântico como um hino de vitória naquele dia sei lá,

“the winner!”

senti o abraço do teu beijo num navio lá pelos lados do mussúlo fomos lá?, que importa amor, não fui nem me lembro mas estou e fico, a tua pele é a saudade dos meus ranjos e grunhos secos desta loucura só minha naquele abraço que seca e mata a fome do soldado no campo das florestas sozinho e só, nada mais com ele a não ser o verde seco do quente neste calor só nosso, vens hoje amor?

Não gostas de textos quando o dia é de beijos e abraços e açoites e saudades que saudades?, julho quente na Lisboa que te viu num choro de bebe lindo

“olá mamã, cheguei!”

num embrulho da maternidade lá dos fundos do tempo em que te esperei um dia ser este, hoje.

“não te escrevo texto nenhum raios me partam aos textos!”

Sabes, aprendi tanto como amar existe e foi contigo, um dia serei apenas o teu sonho no nosso leito e nós de novo bebés abraçados.

Obrigado por teres nascido para mim.

Dezanove de julho de mil novecentos e setenta e cinco, portugal, lisboa, europa, mundo, és da nossa angola amor.

 

Mensagem de felicitação à Dra. Sônia Barreto Burity da Silva


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