Novo vazamento divulgado em parceria do Intercept Brasil com o Portal UOL revelou nesta quarta-feira (7) que o procurador Deltan Dallagnol usou o partido Rede de Sustentabilidade para apresentar uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir que Gilmar soltasse presos em processos que ele não fosse o juiz da causa natural.
A articulação teria envolvido o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). A negociação foi relatada por Dallagnol num grupo do Telegram a outros integrantes da força-tarefa a partir de 9 de outubro de 2018 –dois dias depois, a Rede de fato protocolou a ADPF.
“A manobra tinha como objetivo driblar as limitações de seu cargo: Deltan e seus colegas de Lava Jato são procuradores da República, primeiro estágio da carreira do MPF (Ministério Público Federal) e só podem atuar em causas na primeira instância da Justiça Federal. Por isso, têm atribuição de atuar em processos da 13ª Vara Criminal Federal, comandada até novembro pelo ex-juiz Sergio Moro”, diz um trecho da matéria.
Outro lado
Em nota conjunta, Randolfe Rodrigues e a Rede Sustentabilidade negaram que o partido tenha sido usado para propor no STF uma ADPF elaborada pelos procuradores da Lava Jato. Afirmam que: “No caso em apreço, a ação citada foi ajuizada após o Ministro Gilmar Mendes ter concedido habeas corpus de ofício a Beto Richa e outros ‘ilustres’ investigados, burlando as regras de sorteio de relatoria do STF e se convertendo numa espécie de Liberador-Geral da República”.
Como sempre, os procuradores da Lava Jato dizem não reconhecer os diálogos que podem ter sido adulterados.
Gilmar Mendes quer perícia para atestar autenticidade dos diálogos
Em entrevista ao blog do Josias, publicado no UOL, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse nesta quarta-feira (7) que no “momento já se pode fazer perícia” para atestar a autenticidade dos diálogos extraídos por criminosos dos celulares de autoridades.
“Referindo-se aos membros da força-tarefa de Curitiba como delinquentes, Gilmar afirmou que, “em tese”, o próprio Supremo pode determinar a realização de perícia. Realçou que há na Corte duas cópias do material apreendido pela Polícia Federal no âmbito do inquérito sobre a ação dos hackers. Mencionou a possibilidade de ocorrer uma terceira requisição”, diz o blog.
O jornalista Josias de Souza lembra que a primeira cópia foi solicitada à Justiça Federal pelo ministro Luiz Fux a pedido do PDT, que recorreu ao Supremo para afastar o risco de destruição das mensagens. A segunda foi requerida pelo ministro Alexandre de Moraes, relator de inquérito secreto aberto no Supremo em março, a pretexto de apurar ataques à Corte e aos seus membros.
Segundo Gilmar, o colega Ricardo Lewandowski deve requisitar outra cópia, para anexar em processo que está sob sua relatoria.
Texto original em português do Brasil
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