Na apresentação do meu livro “O Clube das Efes” numa Escola Básica da área do grande Porto, aconteceu este episódio digno de nota
A apresentação do livro, feita por mim, conta a história do Filipe e das três doninhas, a Faia, a Flor e o Freixo, ou seja os elementos do Clube das Efes, e tinha durado os habituais quarenta e cinco minutos, com apoio de um power point construído com as aguarelas originais que foram criadas para ilustrar o livro. Estas apresentações eram tudo menos solenes e cansativas, e eu estava habituada a variar a forma de falar conforme as expressões das caras dos meninos e meninas à minha frente, interpretando o desejo de que eu continuasse a contar a história até ao fim.
Os alunos, cerca de cinquenta, tinham seguido a narrativa mostrando interesse vivo e parecendo muito concentrados.
Estávamos num amplo anfiteatro, bem confortável, já na fase de perguntas e respostas finais, perguntas livres sobre o livro, sobre o meu trabalho de escrita e de ilustração.
Para minha satisfação havia muitas e variadas curiosidades e muito braço levantado a pedir a palavra.
Lá em cima um dedinho tímido de menina franzina agitou-se e eu fiz-lhe sinal de que podia falar.
A menina, um pouco atrapalhada, perguntou:
_Eu queria saber se a senhora é aquela escritora Beatriz Lamas Oliveira que devia vir hoje aqui à escola! Ou se a tal escritora vem depois.
Inspirada pela engraçada questão, respondi:
_Não, não sou a escritora. Eu sou a Dona Lucinda. A tal escritora ia a caminho do café que fica aqui em frente da escola e encontrou-me a atravessar a rua. Eu tencionava ir às compras ali ao mercado municipal. Mas essa tal escritora perguntou-me se eu não me importava de a substituir aqui no anfiteatro e conversar com os alunos enquanto ela descansava. E eu fiz-lhe a vontade.
Nesta altura das explicações da suposta Dona Lucinda, havia alunos pasmados, havia alunos sorridentes e havia alunos a rir com vontade.
Na verdade, só a Professora parecia com alguma falta de ar.
A menina que tinha questionado se eu era mesmo uma escritora verdadeira tapou a boca com ambas as palmas das mãos, a esconder um “Oh” de espanto um tanto envergonhado e depois juntou-se, contente, interpretei eu, ao coro do riso geral.
Estas histórias talvez um dia sejam contadas numa nova coleção intitulada “Aventuras de uma escritora imprevisível”.
Por opção do autor, este artigo respeita o AO90
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