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Sexta-feira, Janeiro 31, 2025

Marisa Matias diz que o sorriso de Marcelo começa a desaparecer

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Marisa Matias quer ver os pescadores envolvidos num processo sério de investigação dos recursos pesqueiros. E é a partir desse trabalho, feito por investigadores, mas ouvindo as pessoas que mais sabem desta actividade, que devem ser definidas as quotas de pesca e não através da capacidade de lobby de alguns países.

A candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda proferiu estas declarações na noite de Quinta-feira, num comício realizado em Portimão, após ter passado pela lota daquela cidade e conversado com pescadores. Aproveitou o tema para dirigir farpas ao actual inquilino do Palácio de Belém, Cavaco Silva, que, enquanto 1º ministro, “destruiu a frota de pesca” e, com isso, colocou muitos pescadores “não a viver, mas a sobreviver da actividade”. Marisa Matias lembrou que Portugal tem a maior zona exclusiva da Europa, o que é uma riqueza potencial enorme, cujo aproveitamento é “uma questão essencial para o país”, pelo que o tema deve merecer o máximo interesse e acompanhamento pelo futuro presidente.

MarisaMatiasPtm7Jan16 (169)Uma parte considerável do seu discurso foi destinada a criticar Marcelo Rebelo de Sousa, a quem com o correr da campanha, começa a “desaparecer o sorriso”. Isto porque, na sua opinião, a campanha está a ser “muito reveladora”, começando a mostrar o verdadeiro programa de Marcelo, através da revelação das “mentiras e contradições” sobre posições que tomou relativamente a, entre outros, a Constituição ou o Serviço Nacional de Saúde.

Não é de um presidente para quem “a Constituição deve ser lida consoante as circunstâncias” que os portugueses precisam. O que é fundamental é ter em Belém alguém que, como é o seu caso, faz da Constituição o seu próprio programa e que se bate por “um Serviço Nacional de Saúde gratuito e universal”, por uma Segurança Social “justa e solidária” e por trabalho “com direitos”.

A candidata considera que os portugueses decidiram avançar para “um tempo novo”, nas eleições de 4 de Outubro, o que levou ao afastamento do PSD e CDS do Governo e à formação de um novo executivo que abriu um ciclo de “esperança”. Esta é uma dinâmica que “não pode parar em Belém”. O que, agora, está em causa é saber se o sucessor de Cavaco será alguém que trava esse processo ou, pelo contrário, alguém “que ajuda essa mudança a crescer”.

 

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