Nos próximos dias 21 e 22 de Outubro têm lugar os dois primeiros concertos da edição deste ano do SeixalJazz; ao todo, são 6 os que compõem a edição deste ano do festival.
Todos os concertos decorrerão no Auditório Municipal do Seixal, às 22h00. No final de cada um terão lugar sessões de autógrafos. Estará também disponível, no foyer do auditório, uma área reservada à venda de discos dos artistas.
Edição SeixalJazz 2016
Do programa deste ano, constam nomes nacionais e internacionais do Jazz. A noite de abertura fica marcada com a estreia em Portugal continental do quinteto de Dino Saluzzi. Um músico que tem a particularidade de tocar bandoneón, um instrumento musical semelhante a uma concertina, utilizado em orquestras de tango.
Cabe ao saxofonista norte-americano Colin Stetson fechar esta edição do SeixalJazz, a 29 de Outubro, numa atuação a solo. O músico já colaborou com conceituados artistas como Tom Waits, Arcade Fire ou Laurie Anderson.
O SeixalJazz regressa de 21 a 29 de Outubro com um programa de 6 noites únicas de inovação e fusão.
Programação deste ano
A atuação de Mette Henriette no SeixalJazz dá a conhecer ao público português uma das mais promissoras revelações do jazz internacional no ano de 2015.O duplo álbum foi gravado com uma formação de trio, formato com que a saxofonista nórdica se apresenta no Fórum Cultural do Seixal. Se no álbum Henriette utilizou ainda um ensemble de 13 elementos, no SeixalJazz o desafio de levar esta música ao palco em formato de trio constitui um fator de curiosidade extra para esta actuação.
O terceiro trabalho de Hugo Carvalhais foi o único registo português nomeado pela revista Down Beat entre os melhores álbuns de 2015.
Neste disco, Carvalhais explora novos caminhos e conta com Gabriel Pinto e Dominique Pifarély, entre outros, dois dos músicos com que se apresenta no Seixal. O novo itinerário, simultaneamente futurista pela exploração electrónica, mas também clássico pela utilização de uma sonoridade frequentemente acústica, explora moderadamente o som de cada instrumento, assim como o seu conjunto, para definir ambiências paisagísticas musicalmente inexploradas.
Explora os domínios da livre improvisação e da música indie, com uma diversidade de caminhos que passam pelo dark metal, pós-rock e electroacústica.
No SeixalJazz, Colin Stetson sobe ao palco sozinho. Discreto músico de estúdio, o saxofonista enche o palco a solo e é sempre a mesma e única pessoa.
Em ambos os casos, o talento é esconder o intérprete e sobressair a interpretação. O segredo do seu estilo peculiar é a utilização de técnicas extensivas e explorações polifónicas de saxofones alto e baixo, apostando na criação de atmosferas únicas, assentes tanto na composição como na improvisação intuitiva. Para obter o efeito orquestral, conseguido por um só músico e o instrumento em que toca, o intérprete utiliza diferentes microfones em palco, conseguindo registar os diferentes sons da sua arte, que se perderiam com uma única fonte de amplificação.