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Sexta-feira, Novembro 1, 2024

A escravidão no Império Romano em Spartacus, filme de 1960

Carolina Maria Ruy, em São Paulo
Carolina Maria Ruy, em São Paulo
Pesquisadora, coordenadora do Centro de Memória Sindical e jornalista do site Radio Peão Brasil. Escreveu o livro "O mundo do trabalho no cinema", editou o livro de fotos "Arte de Rua" e, em 2017, a revista sobre os 100 anos da Greve Geral de 1917

Durante o Império Romano o trabalho escravo atingiu proporções de extrema crueldade e exploração do homem. Spartacus retrata esta situação através da história de um escravo, condenado à morte por morder um guarda em uma mina na Líbia.

É uma história clássica da rebelião escrava. Spartacus foi o maior líder escravo durante toda a história do Império Romano, tendo vivido provavelmente entre 120 a.C e 50 a.C. Transformado em gladiador pelo lanista (negociante e treinador de gladiadores) Lentulus Batiatus, em cuja escola de gladiadores foi treinado, na proximidade de Capua. Em 73 a.C. ele liderou um levante de 74 gladiadores, cujo exército foi crescendo e atingiu toda a Itália, entre Roma e a Sicília. O poder dos rebeldes foi subestimado pelos generais romanos que, entretanto, precisaram tomar medidas bélicas radicais ante a capacidade de resistência dos revoltosos.

Inicialmente as legiões romanas subestimaram seus adversários e foram todas massacradas por homens que não queriam nada de Roma, além de sua própria liberdade. Até que, quando o Senado romano toma consciência da gravidade da situação, decide reagir com todo o seu poderio militar O filme, gravado em Madrid, na Espanha, e na Califórnia (EUA), foi baseado no romance homônimo do escritor comunista norte-americano Howard Fast.

Curiosidade: o herói foi citado seu preferido por Karl Marx na lista de “Confissões”, que preencheu para sua filha Jenny, em 1865.

Spartacus (Spartacus)

EUA, 1960
Direção: Stanley Kubrick
Elenco: Kirk Douglas, Laurence Olivier, Peter Ustinov, John Gavin, Jean Simmons, Charles Laughton, Tony Curtis


Texto em português do Brasil

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