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João de Sousa

Sábado, Novembro 23, 2024

A Espanha plural e democrática

Foram 6, os candidatos à Presidência do Partido Popular que deu mostra ao eleitorado nacional de ser possuidor de uma cultura democrática passível de vir a capitalizar simpatia eleitoral, independentemente da debanda interna que até lhe pode ser favorável em futuras eleições para o Governo ao apresentar-se com transparência interna sem o folclore do arrebanhar de militantes só para que, aparentemente, se pense ter muitos militantes.O que sabemos não corresponder à verdade política em nenhum partido político. Até porque, os partidos são associações cívicas de fundamento ideológico com vocação de poder e não organizações de seguidores com espírito de seitas.

Finda a primeira ronda eleitoral interna das eleições primárias, em que só puderam votar militantes, foram também eleitos os delegados ao Congresso Extraordinário que se realizará nos dias 20 e 21 do corrente mês e ano, e que elegerá o Presidente do Partido, de entre os dois candidatos que tiveram mais votos na votação do coletivo em eleição primária.

Soraya Santamaria aparece como candidata mais votada não sendo líquido que ganhe a eleição final uma vez que não se consegue apurar o sentido de voto dos delegados ao Congresso. Sabendo-se que, a posição de conforto de muitos dos congressistas é próxima do poder que se perfila.

Pablo Casado que ficou em segundo lugar e por isso irá a eleições no citado Congresso, poderá capitalizar votos dos delegados eleitos pelos militantes que votaram nos candidatos derrotados uma vez que o peso do voto contestatário é muitas vezes decisivo.

Soraya Sáenz de Santamaría, com 47 anos, foi até 01 de junho último vice-presidente do Governo de Mariano Rajoy, enquanto Pablo Casado, com 37 anos, é o vice-secretário do PP e uma pessoa que muitos no partido consideram ter um futuro promissor. O congresso extraordinário do partido, nos próximos dias 20 e 21, tomará a decisão final sobre quem será o novo ou a nova líder do partido que historicamente tem conduzido a direita espanhola e intercalado com o PSOE na responsabilidade de dirigir o Governo espanhol, desde o início da transição democrática em 1978.”

Fonte: www.tsf

Curiosamente, ou talvez não, antigas estrelas como Aznar entre outros apareceram em locais onde as camaras pululam. De Rajoy sabe-se por onde anda, mas não há mediatismo popularucho em seu redor.

De salientar que Soraya Santamaría aparece numa vaga de fundo em que o feminismo em Espanha ganha dimensão extraordinária, o que não é de estranhar, uma vez que a predominância feminina começa a ser uma evidencia na Europa desenvolvida. Não só no índice de densidade de género, mas também no exercício profissional de funções.

Neste contexto político em que o género masculino aparece como o expoente referencial da corrupção e tendo o Governo de Rajoy caído após aprovação de uma Moção de Censura apresentada pelo PSOE apoiado pela esquerda nacional e nacionalista, em tese, a probabilidade de ser Soraya Santamaría a próxima presidente do PP é grande porque reúne novas condições políticas e sociais para disputar o poder em Espanha.

Por opção do autor, este artigo respeita o AO90

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