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João de Sousa

Segunda-feira, Novembro 4, 2024

A fábrica do ódio

Quarenta e cinco segundos. Esse foi o tempo necessário para o início da chuva de ofensas aos ministros do STF nas redes sociais, a partir do momento em que se cristalizou o direito constitucional inquestionável de o presidente Lula lutar por justiça em liberdade. Os memes já estavam todos prontos, obedecendo a um padrão gráfico profissional, com mensagens meticulosamente elaboradas para desmoralizar a única parte do Poder Judiciário que ainda demonstrou certo apreço pelo Direito. Mais Cambridge Analytica, impossível.

É preciso muito dinheiro para manter em funcionamento essa fábrica de ódio que se espalhou pelas redes sociais, está ganhando as ruas, e produzindo vítimas de agressões praticadas por brutamontes contra mulheres indefesas. Quem financia esse movimento de divisão da sociedade são os Estados Unidos. Os patos da Fiesp, os bostinhas do Movimento Brasil Livre, Joice Hasselmann, Alexandre Frota, entre outros difusores da teoria de Goebbels, são meros fantoches úteis a serviço dos interesses dos magnatas de Wall Street, cuja fúria com que se lançam para destruir a democracia na América Latina, se explica pelo interesse nas riquezas dessas nações. Sem querer abalar a vaidade de vocês, mas a importância de cada um nesse processo é zero para aqueles que dedilham as cordinhas presas em suas costas, braços e pernas.

Os pobres de classe média atribuem sua pobreza aos pobres do andar de baixo. Tem coisa mais estúpida do que isso? O imbecil consegue financiamento a juros subsidiados, compra máquinas e insumos para aumentar sua produção agrícola, melhora sua casa, consegue um carro novo, vê o filho estudando numa universidade que não existia antes do governo do PT, e hoje sai chicoteando quem lhe estendeu a mão. O que o presidente Lula fez pelo Brasil, não pode ter sido apagado da memória desse sujeito em tão pouco tempo. Daí a conclusão da eficácia dos instrumentos de manipulação, cujos braços alcançam não apenas as mídias sociais, mas principalmente os grandes monopólios das comunicações no Brasil. A fábrica de ódio está espalhando zumbis pelo país, tornando-os incapazes de refletir de forma autônoma. São seres lobotomizados, cuja capacidade cerebral para processar informação se equipara ao de um papagaio amestrado para repetir chavões.

A engenhosidade operacional dessa usina de ressentimentos está no segredo da lista de “empregados” que fazem a roda girar. Só a História é capaz de revelar o papel de cada um nesse processo. Os heróis de hoje serão os vilões de amanhã, não tenho dúvidas quanto a isso. E quando as máscaras caírem, e o povo manipulado compreender que fez papel de otário nas mãos dos pseudos guardiões da moralidade, talvez não tenha sobrado mais nada de um país chamado Brasil.

Por Celso Raeder, Jornalista e publicitário, trabalhou no Última Hora e Jornal do Brasil, é sócio-diretor da WCriativa Marketing e Comunicação | Texto original em português do Brasil

Exclusivo Editorial Brasil247 / Tornado

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