Depois de um período conturbado em torno da revolução militar levada a cabo em 25 de abril de 1974 por uma geração do desenrasca, esta, por condicionalismos e circunstâncias conhecidas pode proporcionar condições de vida no tempo a uma sucessão geracional que se auto intitulou de geração rasca em movimentos de protesto contra o pagamento de propinas no ensino superior a que os seus progenitores não tiveram sequer direito a aceder, e que, com o decorrer dos tempos se apresenta hoje como a geração no poder que, como não podia deixar de ser, também tinha de ser rasca. Nuns casos constatável a olho nu e, noutros casos, nem por isso.
O poder tem variáveis múltiplas como o são:
- o poder judicial;
- o poder político;
- o poder económico;
- o poder da educação;
- o poder da formação;
e outras formas de poder com impacto social transversal a todas as gerações em presença, com relevância para os idosos e a atual condição de precariedade em que a geração rasca colocou a atual geração, à rasca, em que o presente e o futuro são uma incógnita porque a citada geração rasca trata da sua vidinha e deixa ao acaso a vida de todos os outros.
As evidências são de tal forma escandalosas que já nem sequer há a vergonha de disfarçar a inexistência de valores como o são: a ética e a moral pública; praticando um sem número de tropelias em todos os cargos por onde passam.
Chegaram ao poder através de organizações políticas onde uma quantidade significativa nem sequer consta porque não comunga com o ideário social e político dos seus proponentes a cargo para que são eleitos: governar o património público e distribuir com justiça e equidade as receitas do Estado que não são mais do que a contribuição obrigatória dos cidadãos no pressuposto de estarem a acautelar a sua qualidade de vida presente e futura mas, aquilo a que assistimos, é ao desbaratar dessa receita por interesses dispersos em lobby cartelizados de onde se apura , não raramente, a benesse e o benefício próprio, em manifesto prejuízo do cidadão comum..
A geração rasca não foi um fenómeno ocasional. Foi um estádio social transversal às sociedades ditas civilizadas com repercussões em todos os domínios: alterações climáticas; energéticas; sociais; ambientais e outras; ao ponto de já não olhar a meios para atingir fins de poder e Abastança pessoal.
No domínio do poder a situação é dramática como acontece na Ucrânia invadida pela Rússia mas, não é menor o sofrimento na Síria, Irão, Afeganistão, Iraque, Líbia, Palestina, a África em Geral, e outros, onde os tiranos dominaram mas deixaram raízes com perigosidade para as democracias instaladas como acontece nos Estados Unidos da América e no Brasil, entre outros.
Por opção do autor, este artigo respeita o AO90