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Quarta-feira, Julho 17, 2024

A invenção da liberdade é uma parede

Vitor Burity da Silva
Vitor Burity da Silva
Professor Doutor Catedrático, Ph.D em Filosofia das Ciências Políticas Pós-Doutorado em Filosofia, Sociologia e Literatura (UR) Pós-Doutorado em Ciências da Educação e Psicologia (PT) Investigador - Universidade de Évora Membro associação portuguesa de Filosofia Membro da associação portuguesa de Escritores

Talvez dentro de qualquer coisa, essa coisa verossímil a que chamaríamos de espasmo num ventilado canto de paredes escuras e sem cor nenhuma. O belo som de pássaros no campo são viagens aparecidas, ruas encantadas de luz num cenário colorido e a gente consegue sentir o quão feliz é ser vento e deambular e enganar o tempo. Tudo passa como um átomo. É uma vertigem talvez.

É uma miragem este encanto. Um fundo difuso entre estrelas e fantasia que sobrevoa a ilusão, disfarça a ânsia e alimenta o estômago de crases perdidas numa diáspora de estar ali, naquele lugar onde nunca havia sequer imaginado. Inventar paredes para me libertar da tua sede de esfomear-me os desencantos, verdade.

“a invenção da liberdade é uma parede”

Sei como seca a casa, o imenso sol já não me deslumbra, detesto ter de sentir o fresco do mar nesta pela gretada de vermes e pedaços estiolados como paredes mal pintadas, o solo rasgado aos pedaços tal o quente a esmerar-se de felicidade, mas não para mim, seremos talvez inimigos, acredito.

Ao fundo escrever com lágrimas, sim, elas enfeitam e embelezam a lisura de cada palavra discorrida nem que seja em paredes de casas velhas e abandonadas, diziam antípodas de tantas alquimias de todos os holocaustos da alma. O sofrimento é uma sensação de prazer para nunca nada se esquecer. A cor das lágrimas perdura a tela, a folha, o papel, são tantos horizontes e muitas vezes escondidos nas amalgamas de um peito feito em cérebros lisos e profundo, mesmo que redondos, sei lá, as palavras não tenhem formas, são apenas o que são.

“a invenção da liberdade é uma parede”

Onde descobrir o valor do silêncio?

Isoladamente feliz é uma metáfora bastante interessante, sei que faz pensar, ouvir de tudo num nada qualquer para que nada o inibrie, é o seu próprio brilho de vestes cansadas, a gente o cansaço, um escárnio talvez pensarão muitos, mas não, a multidão é um uma infinidade de tantos nadas naqueles reféns assombrados e sem sol, precisamos de descobrir realmente a voz do silêncio, aquela que apenas fala connosco como se fossemos moscas descascadas rebolando de tédio num chão incolor.


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