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João de Sousa

Segunda-feira, Dezembro 23, 2024

A outra face do fascismo – II

Este ressurgir, será uma consequência da acumulação de erros de conduta política sucessórios que não corrigem coisa nenhuma. Antes pelo contrário, acentuaram as assimetrias num tempo em que existe uma geração altamente qualificada em confronto direto geracional na disputa pelo poder, em face da diferente visão sobre as formas de organização social que respondam a necessidades especificas num tempo específico que corre célere.

Este afrontamento geracional está a corroer e a desvirtuar valores conquistados ao longo do século XX após as grandes transformações operadas em todos os Continentes com a nova “Ordem Mundial estabelecida”, nos mais diversos domínios, com predominância para a valia do conhecimento científico num clima de equilíbrio complexo nos meandros da política internacional que Portugal só começou a acompanhar a partir de 1974 através de um movimento revolucionário a que se seguiu a Espanha que após a morte de Francisco Franco deu inicio a um processo de transição para um estado social, democrático e de direito, em finais do ano de 1975. Sendo o último Estado no espaço designado por Europa Ocidental a aceitar a democracia como modelo de organização social e política. Porque na parte restante da Europa, na União Soviética, só em 1991 com a renúncia de Mikhail Gorbachev, se deu inicio à dissolução da URSS e ao consequente fim da “guerra fria”.

Esta nova “Ordem Mundial estabelecida”, pressionada pela evolução em permanente desenvolvimento, só pode progredir e expandir-se com uma organização social assente num princípio elementar: a democracia!

Como é sabido, a democracia assenta em um pilar: a liberdade; tudo o resto são condicionalismos implícitos que se articulam entre si e em cadeia.

Simplesmente, a liberdade, para o ser, tem regras que tem de ser comummente aceites, mas, de precisão muito ténue e incisão demasiado sensível. Porque o seu espaço é um espaço de não colisão e de não invasão daquele que é tido por espaço da liberdade alheia numa lógica de respeito pela liberdade coletiva.

Condicionalismo que colide com o tempo necessário para a incubação racional das medidas a tomar visando as transformações dos paradigmas existentes tendo em atenção as sociedades futuras.

E, tendo em atenção também, a colisão dos interesses internacionais em que povos há que terão dificuldades de sobrevivência num mundo moderno tecnologicamente evoluído. De que já é resultado em parte: os surtos migratórios; os campos de refugiados; a instabilidade social no mundo; a instabilidade política internacional;

Existem por isso, condições de exceção, para a ascensão do populismo nacionalista que “protege” os interesses feudalizados ao nível de Estados e corporativos ao nível da organização económica a que acresce a ditadura como modelo político de combate à corrupção que socialmente se presume ser de predominância original da classe política.

Uma conjugação demasiado perigosa de fatores que estão a influir no juízo de valor generalizado sobre a necessidade dos partidos políticos enquanto garante da democracia plural e da liberdade já não fazer qualquer sentido.

Por opção do autor, este artigo respeita o AO90

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