A concentração dos media mainstream nas mãos do “big business” não é uma originalidade americana. Nos Estados da Europa, as coisas são, frequentemente, ainda mais concentradas como acontece em Portugal ou em França, por exemplo. Num quadro destes, a liberdade de informação tornou-se uma ficção!O endeusamento de Macron pelos media franceses, durante o ano que antecedeu as recentes presidenciais francesas, deu ‘pano para mangas’ aos observadores deste fenómeno concentracional. As capas podiam ser a cores, mas o conteúdo era absolutamente monocromático: “Macron é o Júpiter por que ansiamos!”. Mensagem declinada sob todas as formas, feitios e cores.
Na campanha presidencial americana, o “big business” formou um “cartel” contra Trump a quem fez uma guerra de informação de uma violência como nunca se tinha visto. O que se viu foi, tal como em França, que as cores nas capas e nos écrans não chegavam para disfarçar o carácter monocromático da mensagem “qualquer coisa menos Trump”… Media independentes, a mãozinha malandra de Steve Banon e, sobretudo, o Twitter de Trump, a comunicar directamente com os americanos por cima da barreira dos media, fez o “cartel” mediático perder a sua guerra.
Veja-se também o que se passa em Portugal, analise-se a “evolução” nos últimos 30 anos para perceber como se chegou a uma situação em que a opinião pública é absolutamente dominada e hegemonizada por dois senhores: Paulo Fernandes e Pinto Balsemão, donos e senhores, respectivamente, dos grupos “Correio da Manhã” e “Sic/Expresso”… “Opinião pública” é, assim, o que tais concentrados quiserem que seja…
Contem-se, por exemplo, os trabalhos de reportagem sobre a assassina poluição recente do Tejo (além de algumas desgarradas ‘breves’) que o grupo “Correio da Manhã” (televisão e jornal) tenha feito…!
Pudera, Paulo Fernandes é também um grande senhor das celuloses que campeiam nas margens do Tejo e de alguns dos seus afluentes, como o assassinado Almonda! Palavras para quê? É o esplendor da concentração dos media mainstream…
E chegamos, assim, ao essencial da questão: a vital importância e o papel imprescindível dos media independentes e livres, como o Tornado.