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João de Sousa

Sábado, Novembro 2, 2024

A vulnerabilidade dos EUA ao COVID-19

Segundo pesquisas e audiências no Congresso dos EUA, cerca de 80% dos medicamentos atuais consumidos nos Estados Unidos são produzidos na China.

Isso inclui empresas chinesas e farmacêuticas estrangeiras que deslocalizaram o fabrico de medicamentos em joint ventures com parceiros chineses.

Segundo Rosemary Gibson, do instituto de pesquisa em bioética do Hastings Center, que escreveu um livro em 2018 sobre o tema, a dependência é mais do que alarmante. Gibson cita boletins médicos que estimam que hoje cerca de 80% de todos os ingredientes ativos farmacêuticos dos EUA são fabricados na China.

“Não são apenas os ingredientes. São também os precursores químicos, os componentes químicos usados no fabrico dos ingredientes ativos. Dependemos da China dos blocos de construção químicos para produzir toda uma categoria de antibióticos… conhecidos como cefalosporinas. São usados nos Estados Unidos milhares de vezes todos os dias para pessoas com infecções muito graves.”

Os medicamentos fabricados na China hoje incluem a maioria dos antibióticos, pílulas anticoncepcionais, remédios para pressão arterial como valsartan, anticoagulantes como heparina e vários medicamentos contra o cancro. Inclui medicamentos comuns como penicilina, ácido ascórbico (vitamina C) e aspirina. A lista também inclui medicamentos para tratar HIV, doença de Alzheimer, transtorno bipolar, esquizofrenia, cancro, depressão, epilepsia, entre outros.

Um estudo recente do Departamento de Comércio constatou que 97% de todos os antibióticos nos Estados Unidos vieram da China.

 

As máscaras bico de pato, as únicas eficazes na protecção contra o contágio do COVID-19, são fabricadas na China e não existem nos EUA.


Artigo original: How Globalization and China’s Economic Crisis Might Jeopardize Our Precarious Medical Supply Chains


Tradução de Beatriz Lamas Oliveira | Por opção do autor, este artigo respeita o AO90


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