O Actuel foi a maior aventura do jornalismo europeu, pós-II Guerra, é o que penso e atrevo-me a dizê-lo.
A aventura, iniciado em Maio de 1970 (faz 51 anos!), foi atribulada, foi um sucesso, foi pontuada por interrupções mas o seu pivot e também o seu motor foi sempre o Jean-François Bizot.
A segunda fornada do Actuel começou com o fim dos anos 70 e durou uns 15 anos, até 1994 (a primeira fornada tinha começado em 1970 e durou 5 anos).
Para mim, o Actuel é o da segunda fornada, quando Paris vive os tempos da écharppe vermelha de François Mitterrand e o Jean-François Bizot decide que há mais vida para além disso.
Pode-se dizer que o Actuel “fut, entre 1970 et 1995, le journal le plus novateur et révolutionnaire de son temps” e que “il changea la face de la presse”, sim, creio, tudo isso é verdade.
Para mim, porém, pelo que conheci, o Actuel foi sobretudo um mundo onde se escrevia “à la première personne du singulier” e onde do trabalho se fazia “une joie de vivre et d’être”. E isso, sem cair em nostalgias, é inesquecível.
Au revoir, Bizot.