Diário
Director

Independente
João de Sousa

Sábado, Novembro 23, 2024

Afago(te)

Poema inédito de Alice Coelho

Afago(te)

Afogo-me no tempo ido
Na ausência das vidraças
Num pensamento sofrido
Na minha pele entornada
Numa viagem de sonhos
Tão alegres e tristonhos
Afogo-me no tempo ido
Grãos de areia nos dedos
Dum passado esquecido
No penhasco dos penedos
Afogo-me no tempo ido
Em ondas leves como pluma
No colo da tua branca espuma
Veneno de uma seta de cupido
Afogo-me
Afago-me
No vermelho de um fim de tarde
Tapada pelo sol atrás da grade
Afago(te)


Receba a nossa newsletter

Contorne o cinzentismo dominante subscrevendo a Newsletter do Jornal Tornado. Oferecemos-lhe ângulos de visão e análise que não encontrará disponíveis na imprensa mainstream.

 

Receba a nossa newsletter

Contorne o cinzentismo dominante subscrevendo a nossa Newsletter. Oferecemos-lhe ângulos de visão e análise que não encontrará disponíveis na imprensa mainstream.

Artigo anterior
Próximo artigo
- Publicidade -

Outros artigos

- Publicidade -

Últimas notícias

Mais lidos

- Publicidade -