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Sexta-feira, Janeiro 31, 2025

Agências de Rating americanas e seus “aliados” nacionais

Miguel Mattos ChavesVer um texto no site do Fórum para a Competitividade, em que se comenta que está com receio que a agência S&P, e outras, baixem o nível de rating da República Portuguesa faz-me sentir apreensivo com a qualidade das pessoas que têm a responsabilidade de proceder a análises isentas e realistas.

É que a realidade desmente os pretensos “receios” que não servem para mais do que para algumas entidades terem eventuais “sound bites” publicados pela comunicação social, para além de esconderem outros interesses, talvez não tão nobres como querem fazer crer. Vamos então por partes:

(1) Quem são, e que Accionistas têm as agências de Rating?

(2) Que interesses defendem?

(3) São isentas nas suas análises? Ou dadas as respostas às duas questões anteriores merecem uma credibilidade muito relativa?

(4) Portugal está no nível “lixo”, (seja o que for que isso queira dizer, na prática) desde 2010! O que mudou desde então?

(5) Portugal, desde 2012, ano do início da Intervenção do BCE nos “mercados financeiros”, tem as taxas de juro mais baixas desde há muitas décadas, por via da acção daquela instituição e não de qualquer outra entidade bancária, financeira ou governativa;

(6) Portugal, o Tesouro português, continua a ir aos mercados de dívida sem problema;

(7) As dívidas soberanas continuam a ser muito mais seguras (nas aplicações) do que qualquer entidade privada;

(8) E faço a pergunta final: – Não será um pouco (ou muito) nacional-saloísmo continuar a dar muita importância ao que dizem empresas privadas, que representam alguns e muito claros (para quem sabe), interesses privados muito localizados, e que, em nada (na prática) têm interferido (positiva ou negativamente) com o País?

Sei que V. Exas. sabem as respostas a estas questões, tal como eu as sei. Daí a minha apreensão com a falta de qualidade (se não mesmo seriedade) do comentário do Fórum e dos comentários de alguns actores do sistema político-financeiro nacional.

Até quando, em vez de ajudarem as pessoas a serem mais optimistas, vão continuar a tentar deprimi-las com comentários que apenas visam defender alguns interesses de alguns, poucos, e que em nada ajudam Portugal? Melhores cumprimentos.

 

 

Miguel Mattos Chaves

Gestor de empresas

Doutorado em Estudos Europeus (dominante: Economia)

Auditor de Defesa Nacional

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