O Roca Lisboa Gallery volta a apresentar esta quinta-feira, 19 de Outubro, nos Restauradores, a terceira de quatro sessões do ciclo Water Talks, organizada pelo artista e investigador António Abernú. Subordinada ao tema “Água, Arte e Consciência no Século XXI”, pretende-se debater o papel da tecnologia no fluxo da natureza através de imagens, vídeos e análise de projectos artísticos.
O destaque desta penúltima conferência vai para os videojogos e tecnologias de informação como “nova formas de comunicação, sensibilização, partilha e união”. Francisco Merino, professor da Faculdade de Artes e Letras da Universidade da Beira Interior, na Covilhã, é o convidado do promotor António Abernú, que ajudará a compreender de que modo a tecnologia promove a aproximação e fusão entre criadores e utilizadores, bem como as consequências das inovações tecnológicas nas artes e na comunicação.
Encontrar sinergias em torno das interligações que cada vez mais a água tem com todos os campos da história, filosofia, arte, ciência e tecnologia é uma das propostas das “Water Talks”, que têm como ponto de partida o acréscimo da presença da água como matéria na investigação e na arte contemporânea do Século XXI, os problemas ecológicos e a sustentabilidade ambiental.
Segundo o organizador, “a humanidade perdeu o contacto espiritual com o arquétipo da água e, num futuro muito próximo, arrisca-se a perder o elemento físico que é a água”. António Abernú explica que a água constitui para investigadores e artistas contemporâneos:
um elemento material que tem a capacidade de ligar a experiência do mundo actual com um sentido profundo e primogénito da mudança, do devir, de uma relação do ser humano com o tempo e com a natureza.”
Water Talks
As Water Talks têm contado com diferentes convidados que se propuseram analisar e debater autores, projectos artísticos, investigações e estudos científicos em torno da água. Depois da presença de João Moura a 19 de Setembro, o quarto e último debate, a 21 de Novembro, procurará explorar o papel da ciência e da arte em termos de pensamento holístico, lembrando que a água sempre suscitou a sensibilidade e a criatividade da humanidade desde a sua origem.
António Abernú é actor, encenador, criador e mestre em ciências da comunicação pela Universidade Nova de Lisboa. Em 2000, funda a ASTA – Associação de Teatro e outras Artes do Distrito de Castelo Branco e quatro anos mais tarde concebe e dirige o projecto Teatro Virtual, inserido no Plano Operacional da Cultura – FEDER. É ainda autor do projecto de investigação “O homem que queria ser água”, um espectáculo em constante mutação que visa sensibilizar o homem para as questões da água e para o problemas ecológicos.
Para mais informações pode visitar WaterTalks
A terceira sessão “A dimensão e as potencialidades dos videojogos” está agendada para as 18:30 e tem a duração aproximada de 90 minutos. As vagas para o evento são limitadas e a inscrição é obrigatória. Para garantir a presença deve efectuar o registo no site.