A Câmara de Albufeira considera que os prejuízos de muitos milhões que o concelho sofreu, devido ao temporal de Domingo, justificam, da parte do Governo, a declaração de Calamidade Pública. O presidente da edilidade, Carlos Silva e Sousa, assumiu já ter enviado o pedido ao Governo e espera que ele seja aprovado, para que o concelho tenha mais meios para fazer face ao problema.
No entanto, de passagem pela cidade, o ministro da Administração Interna não deu uma resposta definitiva em relação a esta questão. Calvão da Silva disse apenas que ia ser analisada a matéria, de forma a verificar se os requisitos exigíveis se verificam. Primeiro deve ser feito todo o levantamento pela Câmara e só depois então o executivo de Passos Coelho irá decidir.
O governante disse que, em primeiro lugar, os muitos comerciantes afectados devem accionar os seguros. Para os que não o fizeram, deixou o recado de que, com esta tragédia, devem tirar a lição que “é bom reservar sempre um bocadinho para, no futuro, ter seguro”. Da sua parte, o que, para já, pode dar à população local é “uma palavra de solidariedade”.
O temporal deixou um rasto de destruição na cidade, sobretudo na zona baixa, com algumas das suas ruas a transformarem-se num autêntico mar de lama, que destruiu tudo o que apanhava pela frente. Os mais afectados foram os comerciantes, muitos dos quais ficaram com as lojas e restaurantes completamente inundados e todo o recheio estragado.
Também muitos carros foram apanhados pela fúria da água e a Praia dos Pescadores ficou destruída. Esta segunda-feira foi dedicada a fazer o ‘grosso’ da limpeza, mas vão ser seguramente precisos muitos dias e, provavelmente, semanas até que a cidade volte a apresentar o seu figurino habitual.
Mas, mais importante do que os prejuízos materiais foi a existência de uma vítima mortal, um homem de 79 anos, que foi surpreendido ao volante do seu automóvel. Várias outras pessoas tiveram de ser retiradas pelos bombeiros das suas habitações ou espaços comerciais.
