“Alegoria”, de Agnolo Bronzino. Grande expoente do Maneirismo, pintor essencialmente palaciano ao serviço dos Medici (Cosme I).
Talvez se possa tentar interpretar este tema como um tempo de prazer pode, também, trazer a dor atrás, o que for belo pode não estar isento de fealdade adquirida. Tudo isto é o tempo que o determina.
Vénus e Cupido (seu filho) beijam-se amorosamente, ela numa mão segura a maçã que lhe dera Páris e a outra segura a seta da aljava de Cupido. Do lado direito, o jovenzinho é a figura do Amor representando a Loucura que lhe lança flores, atiçando ao prazer. Sobre ele, está bem de ver, a figura do Tempo que descobre a Verdade ao levantar a cortina azul. Por detrás da Loucura, de vestimenta verde, metade mulher, metade animal, oferece-lhes mel enquanto mostra a sua cauda de aguilhão doloroso, que podemos denominar como o Engano. Do lado esquerdo da pintura, o Ciúme representado pela velha feiticeira crispada. As máscaras no canto inferior direito e superior esquerdo significam a ilusão que o tempo pode criar.
Informação adicional
Artista: Agnolo Bronzino
Dimensões: 1,46 m x 1,16 m
Local: National Gallery
Material: Tinta a óleo
Criação: 1540–1546
Género: Alegoria
Agnolo Bronzino 1503-1572
Agnolo di Cosimo di Mariano, conhecido como il Bronzino foi um pintor italiano, importante representante do maneirismo.
Existe bem poucas informações acerca da sua infância. Justamente por essa falta de dados que supõem os seus biógrafos que tenha nascido de família bastante humilde. O seu primeiro mestre foi o pintor florentino Raffaellino del Garbo.
Quando Cosmo I de Médici foi governante de Florença, decidiu apelar aos principais pintores da época, dentre os quais Bronzino, que trabalhou para a família a partir de 1539. Após a realização do seu primeiro quadro, tornou-se o pintor favorito do próprio Cosme. Quando este fundou uma fábrica de tapeçaria em Florença, Bronzino dedicou-se ao desenho de estampas, figuradas especialmente em temas mitológicos e alegóricos.
Fonte: Imagem e texto Wikipédia
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