O Fórum de Comunicação para a Integração de Nossa América (FCINA), que abrange dezenas de entidades e organizações latino-americanas e caribenhas, dentre elas o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, publicou uma nota alertando para a gravidade do estado de saúde de Julian Assange.
No documento, o Fórum expressa preocupação com a situação de Julian Assange, do fundador do Wikileaks, vítima de graves violações no cárcere, com uso, inclusive de diversos métodos de tortura.
Confira a íntegra da nota:
Alerta mundial pela vida de Julian Assange. Liberdade já!
Julian Assange corre sério risco de morrer na prisão. Assim expressaram, em uma carta aberta, 60 médicos de diferentes partes do mundo, manifestando sérias preocupações com a atual condição mental e física do jornalista investigativo.
À estas vozes se soma um comunicado, emitido no dia 1º de novembro, pelo Relator Especial sobre Tortura da Organização das Nações Unidas (ONU), Nils Melzer, que se referiu à contínua deterioração da saúde de Assange desde sua prisão no começo do ano e assegurou que a vida do fundador do Wikileaks corre perigo.
O relator emite, no texto referido, uma dura crítica ao indicar que “enquanto o governo dos Estados Unidos da América persegue o senhor Assange por publicar informação sobre sérias violações dos direitos humanos, incluindo torturas e assassinatos, os oficiais responsáveis por tais crimes seguem gozando de impunidade”.
O Fórum de Comunicação para a Integração de Nossa América, rede em que confluem centenas de comunicadores e ativistas da América Latina e do Caribe, faz eco da exigência médica para que Assange seja transportado, imediatamente, a um hospital devidamente equipado e com profissionais capazes de preservarem a sua vida.
Além disso, nos unimos ao clamor mundial e exigimos a negação da extradição aos Estados Unidos e o fim da perseguição contra Julian Assange.
Assange aportou informação fidedigna e abriu os olhos do mundo para os delitos de lesa-humanidade cometidos pelos Estados Unidos. As consequências que enfrenta são uma vingança perversa e representam grave ameaça à liberdade de expressão e à investigação jornalística.
Exortamos os meios de comunicação, as organizações de direitos humanos e os organismos internacionais a acompanharem decididamente a exigência pela liberdade absoluta de Assange.
Somente assim, será Justiça!
25/11/2019
Texto original em português do Brasil
Exclusivo Editorial PV (Centro de Estudos Barão de Itararé) / Tornado