Poema de Ernesto Dabo
“Amigo do Chefe”
Amigo doce que nem figo
nada diz nem faz sem olhar para o seu umbigo-Chefe
Sim senhor
sim Senhor meu Senhor
é refrão do canto ao chefe
Tê-lo contente
p`ra estar à frente só por amizade
dá-lhe folgo
garra
fé na vitória
Na maratona em pista circular
à volta do Chefe
(Nº um e único no pódio)
é inseguro
mas incansável no aplaudir
polir
louvar
Víbora activa e cativa
p`ras operações de mordedura oculta
à sombra do amigo
Ignora a República
os amigos
a família
embriagado pela aguardente do cano traseiro do Chefe
que lhe basta para ganhar peso e odor sem calor
Lágrimas de riso do Chefe
quando novo amigo concorrente
diz que o ausente é incompetente
Que comovente
Assim é e se faz presente o amigo do Chefe.
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