A coligação partidária Aliança para a Mudança e o Progresso (AMP), constituída pelo Congresso Nacional de Reconstrução Timorense (CNRT), Partido de Libertação Popular (PLP) e Kmanek Haburas Unidade Nasional Timor-Oan (KHUNTO), tal como o Jornal Tornado previu, venceu as eleições antecipadas de 12 de Maio de 2018. A Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (FRETILIN) ficou em segundo lugar, o Partido Democrático (PD) em terceiro e, em quarto, muito próximo do PD, a coligação Frente de Desenvolvimento Nacional (FDD) que integra o PUDD, a UDT, a Frente-Mudança e o PDN. Mais nenhuma coligação partidária ou partido político passou a cláusula de barreira dos 4%.
Até ao final da tarde do dia 13 de Maio (horas de Timor-Leste), os resultados oficiais difundidos pelo Secretariado Técnico Administrativo Eleitoral (STAE) mostravam que a AMP obteve 305.115 votos, a FRETILIN 210.980, o PD 48.958 e a FDD 33.995, aguardando-se a divulgação dos resultados eleitorais definitivos.
A coligação AMP partiu com vantagem porque nas eleições de 2017 já totalizava 35 assentos parlamentares (o CNRT elegeu 22 deputados) de um total de 65, contra os 23 da FRETILIN e 7 do PD, os dois partidos que constituíram o governo minoritário.
Na opinião de vários analistas seria muito difícil a AMP perder as eleições em virtude de ser liderada pelos dois comandantes guerrilheiros, Kay Rala Xanana Gusmão (presidente do CNRT e líder histórico da resistência) e Taur Matan Ruak (presidente do PLP).
Como a AMP obteve 34 lugares, a FRETILIN 23, o PD 5 e a FDD 3, há uma maioria absoluta e a eventual abertura para a entrada de outros partidos no governo não deverá acontecer.
Forças de segurança garantem estabilidade em todo o território
A cidade de Díli, durante toda a manhã de hoje apresentava-se calma, praticamente deserta, mas a partir do final da tarde aumentou o número de efectivos da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) e das Forças Armadas na cidade capital e no resto do país, aguardando-se os resultados definitivos e oficiais do Secretariado Técnico Administrativo Eleitoral (STAE).
Apesar da relativa estabilidade no país, em Oé-cussi, região autónoma, foram incendiadas quatro casas por alguns adeptos ainda não identificados, segundo as autoridades, não conformados com os resultados eleitorais mas os infractores já foram detidos e entregues às autoridades encontrando-se o caso ainda em investigação.
Segundo alguns órgãos de comunicação social nacionais Kay Rala Xanana Gusmão vai apresentar queixa à Comissão Nacional de Eleições (CNE) e ao Secretariado Técnico Administrativo Eleitoral (STAE) devido à qualidade da tinta utilizada em alguns postos de votação não ser indelével, tendo havido duas qualidades de tinta.