Seis formações políticas concorrentes às eleições do próximo mês, têm mais um mês para convencerem os eleitores.As eleições gerais de 2017 aproximam-se e, como é natural, os partidos políticos e coligações limam as últimas arestas de modo a concretizarem os seus objectivos em Agosto. Neste final de semana começa oficialmente a campanha eleitoral que terminará no dia 21 de Agosto, uma vez que as eleições estão marcadas para 23 do mesmo mês. Os candidatos a presidente da República e a deputados a Assembleia Nacional, têm assim os últimos 30 dias para convencerem os mais de 9 milhões de eleitores que irão às urnas em todo o país.
As eleições gerais de 2017 serão as quartas a serem realizadas em Angola, e irão contar com cinco partidos políticos – MPLA, UNITA, FNLA, PRS & APN, e uma coligação de partidos políticos – CASA-CE. Perspectiva-se uma disputa equilibrada no pleito, uma vez que o MPLA – partido no poder, conta com um candidato novo, no caso João Lourenço, enquanto que os seus mais directos oponentes – UNITA e CASA-CE, contam com os mesmos candidatos de 2012, Isaías Samakuva e Abel Chivukuvuku, respectivamente, que já se disponibilizaram a debater com o candidato do MPLA, este por sua vez recusa-se.
A FNLA – um partido histórico, também mantém o mesmo candidato das eleições passada, Lucas Ngonda. Outro partido que também conta com um novo candidato é o PRS, trata-se de Benedito Daniel, o novo presidente do partido, eleito em Maio último, substituindo no cargo Eduardo Cuangana que deixou a liderança dos renovadores sociais por motivos de saúde. A APN irá participar pela primeira vez, e tem como candidato o ex-deputado, Quintino Moreira.
A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) disponibilizou um bilião e quarenta milhões de Kwanzas a cada uma das forças políticas concorrentes, e garante estarem preparadas todas as condições para que as eleições decorram sem sobressaltos, informação contrariada pela UNITA, uma vez que o maior partido na oposição diz que a CNE está constantemente a violar a lei, e exige aquele órgão, boa conduta antes, durante e depois do processo, para que não haja manipulações nos resultados finais, tais como aconteceram em 1992, 2008 e 2012.
Durante a campanha eleitoral, as seis formações políticas, diariamente beneficiarão ainda de 5 minutos na Televisão Pública de Angola e 10 minutos na Rádio Nacional de Angola, para fazerem chegar as suas mensagens aos eleitores das 18 províncias do país.
A UNITA irá arrancar com a campanha em Luanda – a maior praça eleitoral do país. O MPLA escolheu a província do Huambo para dar o pontapé de saída, apesar de o seu candidato já ter passado pelas 18 províncias na pré-campanha. A CASA-CE e o PRS escolheram a província da Huíla, enquanto que a APN irá arrancar com a sua campanha, na província do Bié.