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Sábado, Novembro 2, 2024

Angola e Moçambique não têm qualquer interesse em ratificar o AO90

José Marcos Barrica, Embaixador de Angola em Portugal

José Marcos Barrica, Embaixador de Angola em Portugal referiu (à semelhança do que o moçambicano MURARGY, Secretário executivo da CPLP, já havia dito, antes da XI Cimeira da mesma):

«Há coisas mais importantes a ter em conta do que o Acordo Ortográfico. Nós entendemo-nos perfeitamente escrevendo com ou sem alguns cês ou pês. Na nossa óptica, não é uma questão que deva mobilizar os nossos esforços.»

Relembramos que Angola, a par de Moçambique, continua sem ratificar o Tratado do AO90, nem o 1.º, nem o 2.º Protocolos Modificativos, o que, a manter-se, vem dar razão às reticências levantadas pelo Senhor Presidente da República, aquando da sua visita de Estado a Moçambique.

Recorde-se que Angola e Moçambique têm cerca de duas dezenas de “línguas nacionais”, em particular nas áreas rurais (sem prejuízo de a língua oficial ser o Português), pelo que não têm qualquer interesse em ratificar o AO90, que, com as suas duplas grafias, erros e deficiente cientificidade (primazia da oralidade sobre a escrituralidade; critério pronúncio-cêntrico), só iria acrescentar confusão no ensino do Português euro-afro-asiático-oceânico.

Com Conceição Queiroz

Fonte: 2ª hora – 11 de novembro de 2016 | TVI Player

(Ver entre os 19 e os 30 minutos)

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