“O PS é um partido de esquerda”
António Costa deu início ao novo ciclo político 2018-2019 que, começa a ser uma espécie de “ano civil, político partidário”, ultrapassando a direita pela esquerda ao historiar o estado calamitoso da organização politica da Nação e das contas publicas do Estado quando chegou ao poder e a certeza de que terminará o mandato muitos pontos acima do estado em que o Estado se encontrava quando tomou posse como Primeiro Ministro de Portugal, em todos os domínios: económico e social; assegurando, legar um Estado económica e socialmente estabilizado e uma Nação em condições de enfrentar todas as mudanças estruturais e de confiança no futuro quando terminar a legislatura.
Para o novo ciclo político anunciou um conjunto de medidas, umas já em curso e outras a implementar, de que se extraem registos:
- alívio fiscal com a revisão das tabelas do IRS aos cidadãos residentes e baixa de 50% nas incidências do rendimento de emigrantes regressados;
- melhoria das condições de vida com especial incidência no segmento social da juventude e em todos os segmentos mais fragilizados por vicissitudes circunstanciais e de vida em sociedade;
- aumento de pensões;
- criação de postos de trabalho e consequente baixa da taxa do desemprego homólogo;
- investimento público concretizado, em curso e a concretizar;
- melhoria dos serviços públicos nas áreas da saúde em todas as suas valências, (Serviço Nacional de Saúde);
- reforço do apoio social e da Segurança Social;
- reforço do ensino publico de qualidade que assegure uma educação e formação profícuas;
- combater a saga do PSD naquilo que é a sua pretensão de privatizar o pouco que resta daquilo que são serviços elementares ao bom funcionamento do Estado como o são a saúde, a ferrovia e outros;
- levar por diante os compromissos políticos assumidos com o eleitorado, o PEV, o PCP, o BE, mas também, presumo, com aquilo que deve ser o Socialismo Democrático sustentado ideologicamente por uma filosofia social da organização política e económica que se identifique com o Marxismo;
- Entre outros;
António Costa, contrariamente ao previsto por toda a direita, e a que aludiu o Presidente da Camara Municipal de Caminha e Presidente da Comissão Política do PS de Caminha e Presidente da Federação Distrital de Viana do Castelo também do PS, não pediu, nem sequer abordou, a ideia peregrina, mas justa, de querer uma maioria absoluta nas próximas eleições legislativas.
Aquilo que disse foi:
- “não sujeitamos as nossas ideias e projetos de sociedade por um voto que seja.”
- “cumpriremos, no quadro daquilo que foi acordado, todos os compromissos políticos com os nossos parceiros de maioria parlamentar.”
- “O PS é o partido da esquerda, e é à esquerda que fará os entendimentos que forem necessários para a estabilidade política, económica e social de Portugal.”
Alias, as próximas eleições legislativas não foram sequer o mote do que quer que seja e o apelo ao voto, só pelo voto, foi liminarmente posto de lado numa intervenção que foi longa, mas cuja profundidade e abrangência suscitaram o interesse local e nacional não só pelo conteúdo mas também, por estar em curso a negociação do próximo Orçamento Geral do Estado, assim como os próximos processos eleitorais que sendo autónomos, se interligam e interferem naquela que é a eleição de todas as eleições: a eleição, Legislativas 2019.
António Costa mostrou-se despretensioso, desprendido, um militante de um partido político no meio de milhares de outros militantes anónimos e, com a simplicidade e a humildade que marcam os líderes incontestados por isso mesmo: reunir as condições inatas de todos aqueles que são, Líderes!
Foto: O Minho
Por opção do autor, este artigo respeita o AO90
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