“Anunciação”, de Fra Angelico. Considerado o artista mais importante na época do Gótico Tardio ao início do Renascimento.
Esta é a minha “Anunciação” preferida (a referência elogiosa é motivada apenas pela Arte).
Se for possível conhecer a cela onde o pintor habitava, no mosteiro (hoje museu) de S. Marcos, perceber-se-á melhor todo o ambiente salvífico que o autor coloca no cromatismo delicado, desprendido, de uma imponência (?) de humildade solar.
Esta publicação está exposta no Museu do Prado, havendo uma outra, mais sóbria, talvez mais emotiva, que se encontra no museu italiano.
Repare-se na ligação do raio de luz que apanha a virgem e o anjo de braços cruzados, assinalando o desejo divino com recato submisso. À esquerda a imagem do Paraíso (“sacra conversazione”) e do pecado, personificado em Adão e Eva.
A simplicidade da superioridade florentina do desenho pode-se ver na estrutura da “loggia”. A perspectiva, como disciplina na evolução da História de Arte, surgiria logo após a sua morte, através de Alberti e o seu tratado “De Pictura”.
Nota: Sempre republicada esta minha “subserviência” ao pintor.
Informação adicional
Artista: Fra Angelico
Título: Annunciazione
Criação: 1437 – 1446
Dimensões: 312,5 cm × 230 cm
Local: Museu Nacional de São Marcos, Florença Itália
Técnica: Afresco
Nota da Edição
Fra Angelico 1387-1455
Giovanni da Fiesole, nascido Guido di Pietro Trosini, mais conhecido como Fra Angelico. Foi um pintor italiano, beatificado pela Igreja Católica, considerado o artista mais importante da península na época do Gótico Tardio ao início do Renascimento.
O papa João Paulo II, em 1982, indicou sua festa litúrgica para o dia de sua morte e dois anos depois, o mesmo pontífice declarou-o “Padroeiro Universal dos Artistas”.
Do ponto de vista técnico, Fra Angélico parte do gosto preciosista e delicado do gótico internacional, enriquecido com o interesse pela perspectiva característico da época. Insiste mais na linha que na cor. Pelos seus temas, pelo seu tratamento da natureza, pela sua incorporação da arquitectura, é inequivocamente renascentista. Pinta frequentemente em colaboração com os seus discípulos.
Nas suas pinturas também expressa o sentimento interior das pessoas, como na Obra O Juízo Final, Fra Angelico tenta expressar o amargo e a alegria numa sintonia de cores vivas saindo do padrão Medieval que era voltado somente a Deus e entrando no Renascimento que era voltado ao homem.
(Wikipédia)
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