A ministra do Interior do Reino Unido, Amber Rudd, renunciou após um escândalo envolvendo o tratamento de imigrantes que ficou conhecido como Windrush; ela negou em depoimento no Parlamento britânico a existência de alvos para deportações. Mas a imprensa local acabou descobrindo um memorando mencionando pessoas que são visadas para “remoções forçadas”.
A ministra do Interior do Reino Unido, Amber Rudd, renunciou neste domingo (29) após um escândalo envolvendo o tratamento de imigrantes que ficou conhecido como Windrush.
Os imigrantes da chamada geração Windrush vieram para a Europa de países do Caribe (sobretudo da Jamaica e de Trindade e Tobago) para ajudar o Reino Unido em sua reconstrução após a Segunda Guerra Mundial com a promessa de receberem a cidadania britânica e indenizações.
Segundo o Observatório de Migração da Universidade de Oxford, o Reino Unido é lar de aproximadamente 500 mil imigrantes Windrush.
Eles têm sofrido com pressão do Governo britânico que tem pedido provas de cidadania deste grupo e negado atendimento médico. Há, ainda, relatos de ameaças de deportação.
Após a divulgação do caso, a oposição passou a pedir a renúncia de Rudd, que no início afirmou que ficaria no cargo para garantir uma política “humana” de imigração.
A situação da ex-ministra, todavia, piorou muito após ela negar em depoimento no Parlamento britânico a existência de alvos para deportações. Mas a imprensa local acabou descobrindo um memorando mencionando pessoas que são visadas para “remoções forçadas”.
Rudd negou ter conhecimento do documento. Ainda assim, ela renunciou neste domingo.
Texto original em português do Brasil
Exclusivo Editorial Brasil247 / Tornado
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