Jorge Costa Pinto, músico, baterista, maestro, arranjador e editor português, é um filho de Campo de Ourique, o famoso bairro que nasceu com a República no coração de Lisboa. O seu pai era pianista profissional e tocando com ele debutou o pequeno Jorge aos cinco anos, no Cineteatro de Anadia. 
Aos 13 anos já era baterista na Orquestra Baía, seguindo-se-lhe a Orquestra Bolero, muito em voga na altura. Participou no grupo de fundadores do Hot Clube de Portugal e participou nas jam sessions que Luís Villas-Boas organizava no Café Chave D’Ouro. Seguiram-se os cabarets Arcádia e Negresco, tendo-se tornado músico profissional aos 15 anos, integrando a Orquestra Vieira Pinto no Casino da Póvoa de Varzim. Estudou com Lopes Graça, Maria Victória Quintas, Francine Benoit, Jorge Peixinho e Louis Saguer.
Aos 26 anos integrou a orquestra de Ray Martino, que fez furor em Lisboa no final da década de 50. Nos anos 60 trabalhou com Simone de Oliveira, Madalena Iglésias e António Calvário. Em 1965 rumou a Berklee (Boston, USA) para estudar orquestração e direção musical. A partir dos 29 anos abandona progressivamente a bateria e dedica-se à direção de orquestra. Atua em Portugal, Brasil, Espanha, França, Luxemburgo, Jugoslávia, Grécia, Irlanda, Venezuela, Argentina, África do Sul e um pouco por todo o mundo. Para além da atividade de músico profissional e maestro, a sua carreira passou ainda pela rádio, pela televisão e pelo ensino, tendo lecionado no Conservatório Nacional de Lisboa e em outras instituições, atividade que mantém até hoje. Apresenta os seus grupos jazz (sexteto, octeto e big band) a partir de 1958 na Emissora Nacional e na RTP. A big band, apresentada no programa “Jazz no Estúdio A” em 1963, foi a primeira em Portugal a tocar exclusivamente jazz.
Em 2003 cria a sua orquestra, denominada “Big Band Jorge Costa Pinto” (passando posteriormente a “Orquestra Jorge Cota Pinto”). Logo em 2003 apresenta-se no Estoril Jazz, no Hot Clube de Portugal e no Teatro Aberto. Seguem-se, em 2004, atuações no Funchal Jazz, no Festival de Big Bands da Nazaré, no Lagos Jazz, no Casino do Estoril e no CCB, entre outras atuações um pouco por todo o país, com assinalável acolhimento do público e da crítica especializada. A orquestra toca jazz instrumental e vocal, com incidência sobre os compositores e arranjadores famosos da década de 1950, oriundos do jazz da costa oeste dos E.U.A. (Stan Kenton, Woody Herman, Gerry Mulligan, Raph Burns, Bill Holman ou John Fedechok). Entre os músicos que a integraram contam-se: Hugo Alves ou João Moreira (trompete), José Menezes ou Ricardo Toscano (saxofone), Rui Gonçalves ou Eduardo Lala, (trombone), Filipe Melo ou João Paulo (piano), Bruno Santos ou Mário Delgado (guitarra), Carlos Bica ou Nelson Cascais (contrabaixo), Michael Lauren ou André Sousa Machado (bateria) Maria Viana, Kiko ou Pereira (voz).
Jorge Costa Pinto tem os seus discos publicados um pouco por todo o mundo. Tem colaborado em várias iniciativas editoriais, como livros (em nome próprio ou em obras coletivas) e artigos publicados em jornais e revistas. Efetua conferências sobre música e dirige projetos como o “Coral e Típica Scalabitana”, em Santarém, ou o “Coral de S. Francisco Xavier”, em Lisboa. Produz e realiza, desde 2006, o programa ”Coreto”, na RDP Antena 2, divulgando a música de bandas de todo o mundo. Foram-lhe atribuídas inúmeras distinções e é membro de diversas organizações nacionais e internacionais.
Vídeos
Por opção do autor, este artigo respeita o AO90
Receba a nossa newsletter
Contorne o cinzentismo dominante subscrevendo a Newsletter do Jornal Tornado. Oferecemos-lhe ângulos de visão e análise que não encontrará disponíveis na imprensa mainstream.
