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João de Sousa

Sábado, Novembro 2, 2024

As mulheres da Segunda Guerra Mundial

Destruindo o mal

Surpreendentes imagens das mulheres que participaram de missões na Guerra.





Destruindo o mal

A invasão da União Soviética pela Alemanha nazista foi o mais criminoso e o maior banho de sangue da História, é justo dizer, o maior genocídio: 15% da população da URSS morreu na guerra, cerca de 27 milhões de soviéticos (recentemente, um último levantamento, realizado por historiadores ocidentais, elevou esse número para 28 milhões e 400 mil seres humanos, mas, aqui, mantivemos o número do levantamento soviético realizado na segunda metade da década de 80 do século passado).

Entretanto, ali o nazismo foi derrotado.

Abaixo, como de resto no conjunto desta página, as soviéticas têm mais presença do que suas companheiras de outros países. Mas isso é apenas uma contingência da História – um dever para com a verdade.

Em nenhum outro país a participação feminina foi tão intensa na guerra. Duzentas mil mulheres foram condecoradas durante a guerra – e 89 receberam o título de Heroína da União Soviética.

Portanto, a presença das mulheres soviéticas nas fotos abaixo é apenas um reflexo da realidade, que, se tem algum problema, consiste em sua sub-representação.

Guerrilheira grega

 

Guerrilheiras italianas em um momento de descanso

 

Guerrilheira norueguesa

 

A Resistência na Dinamarca

 

A guerrilha na Crimeia

 

Guerrilheira soviética, 1942

 

Guerrilheira iugoslava

 

Milja Marin, guerrilheira iugoslava, inverno de 1943, norte da Bósnia (foto: Žorž Skrigin)

 

Guerrilheira soviética, início de 1942

 

Integrante do Corpo Feminino do Exército dos EUA durante a II Guerra

 

41% do corpo médico do Exército Vermelho era composto por mulheres; entre os cirurgiões, 43% eram mulheres

 

Longa vida aos camaradas de armas

 

Enfermeiras durante a Batalha de Stalingrado

 

As enfermeiras no front

 

Juramento

 

Na manhã do domingo 7 de dezembro de 1941, Cornelia Fort, instrutora de voo civil em Pearl Harbor, pilotava um monomotor Interstate Cadet, com um aluno, quando seu olhar foi atraído por um outro avião, que mergulhava: “Ele passou tão perto de nós que nossas janelas de celuloide chocalharam violentamente e eu olhei para baixo, para ver que tipo de avião era. As bolas vermelhas pintadas em cima das asas brilhavam ao sol. Eu olhei novamente, com total e absoluta descrença. Honolulu estava familiarizada com o emblema do Sol Nascente em navios de passageiros, mas não em aviões. Então eu olhei para o alto e vi as formações de bombardeiros prateados. Algo se desprendeu de um avião e desceu brilhando. Meus olhos seguiram para baixo, para baixo, e mesmo com o conhecimento pulsando em minha mente, meu coração girou convulsivamente quando a bomba explodiu no meio do porto. Eu sabia que o ar não era o lugar para o meu pequeno aviãozinho e comecei a aterrissar o mais rápido possível. Alguns segundos depois, uma sombra passou por mim e simultaneamente balas espirraram ao meu redor“. Cornelia foi a primeira piloto norte-americana a constatar que os japoneses estavam atacando Pearl Harbor. Conseguiu aterrissar, mas ninguém acreditou no seu grito: “Os japoneses estão atacando!”. Até que, segundos depois, o inferno chegou. Depois disso, Cornelia tornou-se piloto do Women’s Auxiliary Ferrying Squadron (WAFS), depois, Women Airforce Service Pilots (WASP). Faleceu em março de 1943. Outra piloto, Adela Scharr, rememorou esse último voo de Cornelia Fort: “Alguns dos pilotos começaram a provocá-la e começaram a fingir que eram pilotos de caça. Era um jogo fácil para eles, pois ela nunca tivera nenhum treinamento evasivo em manobras militares. Quando chegaram ao Texas, alguns homens ficaram ousados ​​demais e estavam voando perto demais. Uma piada se tornou assédio“. O avião de um desses pilotos colidiu com a asa do avião de Cornelia, destruindo-a – e matando a piloto. Tinha 24 anos

 


por Carlos Lopes | Texto original em português do Brasil

Exclusivo Editorial PV (Hora do Povo) / Tornado

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