O que se constata em quase todas as áreas é desmonte, incompetência, graves prejuízos principalmente ambientais, entrega das lucrativas empresas e das riquezas do Brasil.
Em praticamente todas as pesquisas realizadas por diferentes institutos há cerca de um ano indicam uma constante queda de popularidade do presidente Bolsonaro.
As mais recentes mostram uma aprovação abaixo de 20%, índice considerado por especialistas, de muita dificuldade para reeleição de um presidente, principalmente se fatores econômicos também apresentem tendência de agravamento.
Praticamente no mundo todo é assim. Se a economia vai mal o clamor da população é por mudança. No Brasil muitos outros fatores contribuem para esse desgaste constante do atual presidente.
O maior deles está na área da saúde, agravado pela pandemia que já levou a óbito mais de 600 mil pessoas e infectou mais de 22 milhões. Muitos escaparam da morte, mas não das sequelas.
Para a grande maioria da população ficou claro que o atual presidente, desde o início, subestimou a pandemia, classificando-a como uma gripezinha, negando as recomendações da ciência, provocando aglomerações, indicando medicamentos inadequados, atrasando a compra de vacinas, dizendo publicamente que não se vacinou, e outras ações equivocadas.
A CPI da Covid no Senado, além desses fatos, comprovou várias irregularidades como um gabinete paralelo que priorizou a venda de medicamentos inadequados, atraso na compra de vacinas, e negociatas para compra de outras, envolvendo líderes do governo, funcionários graduados e até o ministro da Saúde.
Eleito com a promessa de combater a corrupção, que segundo Bolsonaro e seus apoiadores seria o causador de todos os males, esse combate sequer existiu, ao contrário, a família e amigos próximos do presidente respondem vários processos.
Bolsonaro, que na campanha condenou a velha política, tão logo se viu ameaçado por impeachment entregou seu governo ao famigerado Centrão, que de imediato criou um orçamento secreto de 3 bilhões distribuído às escondidas a deputados e senadores desse nauseabundo e espúrio bloco.
Ao aproximar as eleições é natural e necessário que se faça um balanço do gestor de plantão, até para defender sua continuidade ou substituí-lo. Porém do atual, mesmo os que apoiam, tem muita dificuldade de apontar alguma ação mais importante.
O que se constata em quase todas as áreas é desmonte, incompetência, graves prejuízos principalmente ambientais, entrega das lucrativas empresas e das riquezas do Brasil. Em suma, muitos já classificam o governo Bolsonaro como um desastre total.
Tudo isso é muito nítido e sentido de forma grave, principalmente pela maioria da população que amarga o desemprego, os baixos salários, a carestia desenfreada dos combustíveis, dos alimentos, estes já inacessíveis para milhões de brasileiros.
Insensível e alheio a tudo isso Bolsonaro torra milhões em motociatas, viagens à paraísos árabes e distribui bilhões a seus aliados do Centrão.
O presidente e seus aliados fazem deboche com o resultado das pesquisas, mas os não alienados, as pessoas sensatas, os que infelizmente sofrem dos males causados por esse governo, sabem que elas apenas representam a realidade do momento triste que vive o nosso país.
E é por isso que já existem mais de 130 pedidos de impeachment que dormem nas gavetas do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, um dos líderes do Centrão. É por isso que já ecoa em todo o território nacional um grito, infelizmente ainda abafado, de fora Bolsonaro.
O povo brasileiro sofrido, embora tenha alta dose de paciência, jamais foi covarde ou conivente com governantes cruéis. Mesmo a ditadura militar que censurava, prendia, torturava e assassinava opositores, foi fragorosamente derrotada.
As pesquisas apenas apontam que a hora de Bolsonaro e seus apoiadores insensíveis, maldosos e fanáticos saírem do governo está chegando.
por Aluísio Arruda, Jornalista, arquiteto e urbanista | Texto em português do Brasil
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