RTP: Estive aqui pela primeira vez há quatro anos, e voltei agora. Está a vencer a guerra na Síria?
Bashar al-Assad: Só podemos dizer que vencemos a guerra quando restabelecermos a estabilidade na Síria. Não podemos falar em vitória enquanto houver mortes e destruição diariamente. Isso não significa que estejamos a perder a guerra. O exército está a progredir bem, todos os dias, contra os terroristas. É claro que ainda têm o apoio da Turquia, Qatar, Arábia Saudita e alguns países ocidentais como os Estados Unidos. Mas a única opção que temos a esse nível é vencer. Se não vencermos e os terroristas ganharem, a Síria deixará de existir.
Trazia a expectativa desta entrevista e ei-la. Em vez de os ouvir, tirei o som*. Digo-vos porquê. É que mais o que é dito o que conta é a sinceridade colocada no que se está a dizer. Nem sempre recorro às “rogériografias” para penetrar a mente. Senão vejamos:
- O homem não passa o tempo todo com um sorriso alarve de como não se passasse nada;
- Não debita como se estivesse vendendo banha-da-cobra;
- Os gestos são escassos e fala mais com as mãos do que com os braços;
- Olha o entrevistador com olhos de quem espera a pergunta.
“Rogériografia” para quê? Trata-se de um cérebro normal, ponto-final!
Assad é um ditador? Bom, a isso já se referiu em tempos o Loureiro dos Santos…
*depois, claro que fui ver, podem crer.
Artigo publicado inicialmente no blog Conversa Avinagrada