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Segunda-feira, Novembro 4, 2024

Assad merecia que lhe fizesse uma “rogériografia”?

Rogério V. Pereira
Rogério V. Pereira
Estudou Engenharia Química no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa. Começou a trabalhar como Técnico de Organização Industrial e terminou no topo da carreira, como sénior manager, nas áreas da consultoria em organização e gestão.

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RTP: Estive aqui pela primeira vez há quatro anos, e voltei agora. Está a vencer a guerra na Síria?

Bashar al-Assad: Só podemos dizer que vencemos a guerra quando restabelecermos a estabilidade na Síria. Não podemos falar em vitória enquanto houver mortes e destruição diariamente. Isso não significa que estejamos a perder a guerra. O exército está a progredir bem, todos os dias, contra os terroristas. É claro que ainda têm o apoio da Turquia, Qatar, Arábia Saudita e alguns países ocidentais como os Estados Unidos. Mas a única opção que temos a esse nível é vencer. Se não vencermos e os terroristas ganharem, a Síria deixará de existir.

Trazia a expectativa desta entrevista e ei-la. Em vez de os ouvir, tirei o som*. Digo-vos porquê. É que mais o que é dito o que conta é a sinceridade colocada no que se está a dizer. Nem sempre recorro às “rogériografias” para penetrar a mente. Senão vejamos:

  • O homem não passa o tempo todo com um sorriso alarve de como não se passasse nada;
  • Não debita como se estivesse vendendo banha-da-cobra;
  • Os gestos são escassos e fala mais com as mãos do que com os braços;
  • Olha o entrevistador com olhos de quem espera a pergunta.

“Rogériografia” para quê? Trata-se de um cérebro normal, ponto-final!
Assad é um ditador? Bom, a isso já se referiu em tempos o Loureiro dos Santos…

*depois, claro que fui ver, podem crer.

Artigo publicado inicialmente no blog Conversa Avinagrada

Nota do Director

As opiniões expressas nos artigos de Opinião apenas vinculam os respectivos autores.

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