A carreira de Técnico Superior de Saúde não inclui os milhares de assistentes sociais que trabalham no sector. A desregulação da profissão e outras reivindicações vão estar em debate no primeiro congresso do Sindicato Nacional dos Assistentes Sociais (SNAS) que, esta quinta-feira, se realiza, em Lisboa.
“Assistentes Sociais Unidos na Luta pelos Direitos da Classe” é o lema do congresso que espera reunir dezenas de profissionais apostados em prosseguir com uma reivindicação antiga: a integração na carreira de Técnico Superior de Saúde, regime especial, na futura Lei de Bases da Saúde.
O sindicato, afecto à UGT, argumenta que “os assistentes sociais integram todas as equipas interdisciplinares que prestam directamente cuidados aos doentes”. O seu trabalho contribui “para a prevenção da doença, para a manutenção, defesa e promoção da saúde e do bem-estar e da qualidade de vida do indivíduo, da família e da comunidade, com o grau de complexidade inerente ao de Técnicos Superiores de Saúde”, pode ler-se num documento divulgado pelo sindicato.
Além de prestarem cuidados sociais/assistência, o SNAS recorda ainda que também fazem consultas nas instituições e domiciliárias, diagnosticam situações e problemas, promovem respostas, prestam apoio e articulam recursos. E fazem-no quer em hospitais quer nos cuidados de saúde primários e em muitas outras situações, da prevenção da violência à saúde materna, dos cuidados integrados à medicina de reabilitação, da minimização de riscos nas dependências à saúde mental.
Segundo o sindicato, são cerca de 20 mil os assistentes sociais, que continuam na carreira do regime geral, o que implica diferenças salariais a partir dos 200 euros. Se as reivindicações não forem atendidas, o SNAS está a estudar formas de luta e não descarta o recurso à greve.
Receba a nossa newsletter
Contorne o cinzentismo dominante subscrevendo a Newsletter do Jornal Tornado. Oferecemos-lhe ângulos de visão e análise que não encontrará disponíveis na imprensa mainstream.