Foi a 3 de Novembro de 1887 que nasceu a Associação Académica de Coimbra (AAC), fruto da junção entre a Academia Dramática e o Clube Académico e Dramático. Uma das mais antigas associações de estudantes do Mundo, que é também o mais ecléctico emblema desportivo de Portugal e um dos maiores da Europa, mas também um histórico pólo de actividade cultural, com relevantes secções de teatro, música e dança e uma rádio local (RUC).
Longe vão os tempos de 1887 em que o estudante António Luís Gomes se tornou no primeiro presidente da AAC, mas desde então a AAC tem sido sempre o incontornável baluarte da defesa da Academia coimbrã. Desde as lutas republicanas até às crises académicas de 1962 e 1969, sobretudo esta em que a AAC teve um papel determinante, a AAC sempre pautou a sua vida pela defesa da Liberdade e dos Direitos Humanos. Hoje, a AAC representa cerca de 20 mil estudantes que frequentam a Universidade de Coimbra (o que os torna automaticamente sócios), mas também muitos milhares de antigos estudantes das várias gerações que passaram por Coimbra e ficaram com a Académica no coração.
Com 22 secções desportivas em actividade competitiva a AAC é também o mais ecléctico clube nacional, com resultados de alto nível em diversas secções como o rugby, desportos náuticos, basquetebol, hóquei em patins, badminton, natação, entre outros. Mas o nome da Académica é geralmente visto pela sua histórica presença no futebol português. E a realidade do futebol da Briosa reflecte, hoje, os sinais dos (novos) tempos. As velhas equipas-maravilha da Briosa, inteiramente formadas por estudantes amadores, que deram cartas no futebol português nas décadas de 40/50/60 fazem parte da História. O futebol profissional, que disputa a I Liga, é um organismo autónomo da AAC, a “casa-mãe”, que também mantém uma Secção de Futebol, com a equipa principal, formada por estudantes universitários, a disputar o Campeonato de Portugal (ex-3ª Divisão).
Hoje, na prática, existem dois clubes distintos (mas com a mesma origem) no futebol português, com o mesmo equipamento negro e o mesmo emblema em losango – o histórico da Académica.