O Banco da Inglaterra recusou ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, um pedido para entregar US$ 1,2 bilhão (R$ 4,5 bilhões) em barras de ouro, informou a Bloomberg neste sábado (26).
Em dezembro do ano passado, Maduro declarou que a Venezuela tem o direito de vender seu ouro independentemente das sanções dos EUA, e comentou a situação incerta em relação ao retorno do ouro venezuelano da Grã-Bretanha para a Venezuela.
Uma fonte anônima disse à Bloomberg que a decisão de não autorizar o pedido de retirada de ouro foi feita depois que altos funcionários dos EUA, inclusive o secretário de Estado, Mike Pompeo, e o conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, pressionaram seus homólogos britânicos a bloquearem o acesso da Venezuela a ativos no exterior.
Agora as autoridades norte-americanas estão tentando enviar dinheiro do Estado venezuelano depositado no exterior para Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino da Venezuela, com o objetivo aumentar as chances de obter controle sobre o governo.
Guaidó chamou a decisão do Banco da Inglaterra de “proteção dos ativos” da Venezuela.
O total das reservas externas do Banco Central da Venezuela é de US$ 8 bilhões (R$ 30,1 bilhões). Parte dos ativos está no Banco da Inglaterra, a localização da outra parte é desconhecida.
A Venezuela decidiu transferir US$ 550 milhões (R$ 2 bilhões) em barras de ouro do Banco da Inglaterra por temer que estas fossem afetadas pelas sanções norte-americanas contra o país. Conforme relatado pela Reuters, trata-se de 14 toneladas de ouro. A implementação desses planos foi adiada por dois meses devido às dificuldades para obter o seguro necessário para movimentar uma grande carga de ouro.
Texto em português do Brasil
Exclusivo Editorial Brasil247 (com Sputnik) / Tornado
