O ano está a correr às mil maravilhas para os principais bancos privados portugueses. Até Setembro, BPI, BCP e Santander Totta conseguiram lucros totais de 592,2 milhões de euros. Um valor bastante substancial, sobretudo se comparado com idêntico período do ano transacto, em que registaram prejuízos de 105 milhões.
Nos primeiros nove meses deste ano, o que registou melhor performance foi o BCP, que saltou de um prejuízo de 109,5 milhões para um resultado líquido positivo de 151 milhões. Foi, para já, o virar de página de uma instituição que se habituou a registar prejuízos ao longo dos últimos quatro anos. Os bons resultados financeiros são justificados pelo aumento das margens financeiras e pela redução dos custos, nomeadamente com o pessoal (menos 217 trabalhadores) e os decorrentes do fecho de 16 balcões.
O BPI conseguiu resultados positivos de 151 milhões de euros contra os 114,3 milhões negativos de igual período de 2014. Neste caso, o maior contributo veio da actividade internacional (112 milhões), em especial, a desenvolvida em Angola.
O Santander Totta era, dos três, o único que escapara aos prejuízos nos primeiros nove meses do ano passado (resultados líquidos de 118,8 milhões). Este ano seguiu a tendência geral de melhoria e chegou ao final de Setembro com um lucro de 176,7 milhões, o que representa um crescimento de 48,7%.
Com as contas em alta, os bancos começam a conceder mais crédito, em especial às empresas. O Santander Totta aumentou esse valor em 5,9% e o BCP em 4,6%.