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Terça-feira, Julho 16, 2024

Basta! Ou besta

Basta! Terá sido o sentimento de maior impacto emotivo nas milhares de pessoas que à porta da convenção de um grupo neonazi que se realizou em Évora manifestaram a sua repulsa para com o grupo de visitantes, cerrando os punhos e erguendo bem alto cravos vermelhos símbolo da Revolução de Abril

Basta!

Terá sido o sentimento de maior impacto emotivo nas milhares de pessoas que à porta da convenção de um grupo neonazi que se realizou em Évora manifestaram a sua repulsa para com o grupo de visitantes, cerrando os punhos e erguendo bem alto cravos vermelhos símbolo da Revolução de Abril; pela liberdade; pela democracia e por todos os valores que o 25 de abril de 1974 devolveu ao povo Português e consagrou na Constituição da Republica Portuguesa e que agora uma minoria de extremistas tenta reverter usando uma ferramenta do sistema politico vigente: a democracia; para se organizar e minar a estabilidade social de forma a se impor pela via do caos generalizado. Social e económico. Mas, e sobre tudo, minar a escola através de um combate feroz ao ensino da cidadania para que, através dos poderosos meios de que dispõe moldar a sociedade do futuro de feição a uma subjugação cega a valores retrógrados e arcaicos para assim subordinar todo um povo a desígnios confessos de perversão.

O seu líder, um sujeito com a escola dos “opine maker” de uma nova vaga de comentadores dos meandros do futebol que, como é do conhecimento publico, são um produto acabado em bruto dispostos a servir para se poderem servir também, onde a violência verbal e física mais a depravação da moral são o mote, salvo as devidas exceções ou não fosse a exceção a justificação da regra, motor e mentor, só conseguiu a eleição ao terceiro intento, já em desespero de causa, esgotados todos os argumentos catalisadores de uma tida por certa, eleição na primeira ronda, facto motivador da ameaça usual neste perfil de líder, para imposição da sua vontade.

Um líder que conquistou simpatia popular ao defender em campanha eleitoral a diminuição do número de Deputados na Assembleia da Republica sem que para o efeito tenha colocado o seu lugar de Deputado eleito para a Assembleia da Republica à disposição, dando assim forma a um projeto para efetivação dessa sua suposta pretensão que terá, por conveniência, esquecido, rebobinando a cassete fascizante forjada no intimo do seu foro intelectual maculado por uma educação e formação sustentada em dois pilares: o sucesso e a competitividade; dois fatores determinantes no varrimento do escrúpulo e da boa fé.

Estes dois pilares, foram estruturantes na reversão da formação da sociedade a partir dos anos oitenta aquando da industrialização de todo o território nacional, mas foram também “campo de batalha” de uma luta politica ideológica nos domínios do poder politico de então e posterior,  formando uma geração tida por “geração rasca” cujas consequências nas gerações seguintes são hoje visíveis e percetíveis tornando a atualidade politica uma atualidade de risco porque coloca em risco a qualidade de vida das gerações precedentes e das gerações  futuras.

O encontro realizado em Évora para a convenção de uma organização política com laivos do nacional socialismo nazi, para além da eleição dos seus Órgãos Sociais com cartilhas de intenções políticas e de objetivos para o País também teve outros objetivos previamente congeminados de efeito mediático por serem autênticos desafios:

  • Desafio ao regime democrático testando-lhe valências predominantes num tempo de crise pandémica;
  • Desafio da ordem publica ao realizarem o evento numa localidade onde a esquerda política é maioritária e tem tradição e que por isso a população local compareceu massivamente na rua manifestando a sua vontade em defender a liberdade e a Democracia conquistadas;
  • Desafio da autoridade do Estado não cumprindo as determinações dos seus Órgãos de Soberania no que ao estado de emergência em vigor diz respeito. O estado de emergência foi proposto pelo Presidente da República, teve o parecer favorável do Governo e foi aprovado pelo parlamento. Aguardamos que os Tribunais assumam as suas responsabilidades Constitucionais e ajam em conformidade.

Por opção do autor, este artigo respeita o AO90


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