Aos 74 anos, o cantor, autor e compositor promete mexidas quentes e viagens pelo tempo, personificadas pelo ritmo do semba.
Gravado entre Lisboa, Paris e Mindelo, “Recados de Fora” é o nome do recente trabalho de Bonga que ao semba junta o fado e a morna. Ao existir junta continentes e um oceano. E ao pensamento crítico envia recados. Recados para terras angolanas e africanas, que o deram ao mundo e lhe deram mundo.
O percurso do Bonga
As canções de protesto na década de 70 marcaram o início da sua carreira com o “Angola 72”. Fortemente crítico do colonialismo português foi na Holanda, para onde fugiu, que gravou os primeiros recados. Iniciou-se nos caminhos da música por influência do pai, mas antes tinha corrido por trilhos de atletismo pelo Benfica. Em Lisboa juntou-se a músicos como Rui Mingas, Duo Ouro Negro e Vum Vum.
Bonga tem 30 álbuns editados, quatro compilações e dois trabalhos ao vivo. Recebeu a medalha de honra de Cavaleiro das Artes e Letras pelo Ministério da Cultura de França. E por Portugal, França e Holanda espalhou as raízes da musicalidade africana.
Para ouvir, dançar e sentir, a 27 de Dezembro no Teatro Tivoli, em Lisboa. O concerto começa às 21:30 e os bilhetes custam entre 10 euros e 25 euros.