Ainda a acreditar na manutenção na I Liga, os adeptos do emblema estudantil – com muitas capas negras na bancadas – foram ao Estádio Cidade de Coimbra apoiar a Briosa, mas no final prevaleceram as lágrimas de um triste adeus à Primeira Divisão.
A Académica precisava de vencer o Sporting de Braga para manter viva a ténue esperança de se manter no patamar superior do futebol luso, mas o empate a zero condenou a Briosa à irremediável descida à II Liga.
Para a Académica – que é um dos clássicos emblemas do futebol português e o 4º clube na preferência dos portugueses – é um indesejado regresso ao nível secundário e todos os academistas esperam que a viagem pela II Liga não dure mais que a próxima época. Recorde-se que a Briosa já fez uma travessia do deserto, ao estar nove anos consecutivos na Segunda Divisão.
Esta descida da Associação Académica de Coimbra/Organismo Autónomo de Futebol pode provocar mudanças importantes na direcção da instituição, liderada por José Eduardo Simões – um nome nada consensual entre os adeptos da Briosa, sobretudo depois de ter sido condenado em Tribunal por corrupção (não desportiva).
O dirigente manteve-se à frente do clube – ganhou mesmo uma Taça de Portugal, a segunda no historial da Académica – e sujeitou-se ao sufrágio dos sócios, tendo-se mantido no cargo graças a uma vitória nas eleições por apenas 19 votos.
Agora, com este grande falhanço desportivo cresce a contestação ao presidente e à sua direcção.