“Há lucro e perda, difamação e honra, louvor e abuso, sofrimento e prazer neste mundo; os seres humanos que alcançam a Budicidade não são controlados pelas coisas externas, pois que elas desaparecem tão rapidamente como surgem.”
Certa vez, o Buda Sakiamuni encontrava-se pregando na cidade de Kausambi. Nessa cidade vivia um homem que o odiava e, transtornado por esse ressentimento, e usando subornos, induziu algumas pessoas malvadas para que divulgassem boatos malévolos a respeito do Buda.
Como consequência, ficou muito difícil para os discípulos de Buda obterem naquela cidade alimentos suficientes através da mendicância, pois a população havia sido contaminada com as mentiras e abusos sobre Buda e os seus discípulos.
Amanda, um dos principais discípulos de Buda, disse para o Mestre: “Seria melhor não ficarmos nesta cidade; há outras e melhores cidades para onde podemos ir; saiamos daqui.”
O Buda replicou: “Suponhamos que a outra cidade seja como esta; que fazemos então?”
“Então iremos para outra”, respondeu Amanda.
O Iluminado retrucou: “Não, Amanda. Assim nunca conseguiremos o nosso intento. É melhor que permaneçamos aqui e suportemos pacientemente o abuso, as mentiras e as infâmias, até que se esgotem por si mesmas. Só então iremos para outro lugar.”
Continuando, o Buda falou ainda: “Há lucro e perda, difamação e honra, louvor e abuso, sofrimento e prazer neste mundo; os seres humanos que alcançam a Budicidade não são controlados pelas coisas externas, pois que elas desaparecem tão rapidamente como surgem.”
Por opção do autor, este artigo respeita o AO90
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