Cadernos N.º 117
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Sem Esperança
Pintura de Frida Kahlo, 1945
“Não resta em mim nenhum resquício de esperança… Tudo se move conforme dita a barriga…” Essa frase foi escrita por Frida no verso da pintura, uma alusão ao regime que ela precisava seguir para ganhar peso, visto que sua falta de apetite a deixou extremamente magra.
Frida jaz nua na cama, chorando e coberta por um lençol no qual podemos observar micro-organismos. Um cavalete está montado na cama, contendo um grande funil em vez de uma tela, pelo qual todos os alimentos são permitidos e proibidos de adentrar ou deixar sua boca. Tais alimentos incluem uma caveira de açúcar com o nome de Frida na testa, um presente de Diego durante uma de suas muitas internações no hospital. A paisagem desértica rachada ocupa o fundo novamente sob um sol e uma lua no céu, elementos ao mesmo tempo opostos e complementares.
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