As propostas de melhoria da mobilidade na Avenida Cidade de Praga e a criação de mais espaços verdes no Bairro da Liberdade foram as duas grandes vencedoras desta edição do Orçamento Participativo de Lisboa. Só na implementação destes dois projectos, a Câmara alfacinha deverá investir um milhão de euros, no próximo ano.
A este valor há a somar mais 1,5 milhões de euros nos outros treze projectos escolhidos. Entre eles, constam um parque para autocaravanas (que deverá custar 150 mil euros); abrigos-refúgio para gatos de rua (150 mil), a instalar em diversas zonas da cidade; um pombal contraceptivo (20 mil euros) e um queimador de velas, integrado num projecto mais amplo, que inclui obras de beneficiação no Largo de Sto António (150 mil euros).
Na cerimónia em que foram revelados os escolhidos, realizada na Segunda-feira (23 de Novembro), o presidente da edilidade, Fernando Medina, destacou o facto deste ter sido “o ano todos os recordes”. No total, foram apresentados 481 projectos e recebidos mais de 42 mil votos.
O mais votado foi o plano de melhoria da mobilidade na Av. Cidade de Praga, que recolheu 4221 votos, seguindo-se o projecto de criação de espaços verdes para o Bairro da Liberdade (3374).
O Orçamento Participativo é um instrumento cada vez mais utilizado pelas câmaras municipais do país. Numa primeira fase, os interessados apresentam os seus projectos, os quais são, posteriormente, avaliados e, se reunirem condições para o efeito, passam à fase final, em que são votados por todos os cidadãos do concelho que o queiram fazer. Os que receberem mais votos passarão a constar dos respectivos orçamentos municipais do ano seguinte.
No caso de Lisboa, no passado, foram implementados projectos como a Startup Lisboa ou a Casa dos Animais que, referiu Fernando Medina, são hoje “emblemas da nossa cidade”.