Voltou ao sítio onda a deixou, no Bar dos Canalhas, mas não a encontrou.
Quanto à fonte inspiradora, o autor, no seu estilo intenso, puro e colorido, era essa canção que lhe matava a sede, era, digamos, o seu copo de água.
Quem ouvia essa melodia, embora cercada de mentiras, saíam-lhe do peito suspiros redondos, pois o compositor e autor das palavras revestiu a musa de belas roupas, mas pôs-lhe o coração todo nu.
Talvez por isso esta canção eram mais ideais do que rendimentos.
Aqui chegada, a canção pensou que a rapariga fugira para outra melodia, talvez com mamas mais personalizadas, logo mais rentável, e começou a deixar-se consumir por ciúmes.
Incapaz de se mover sozinha, acendeu a memória e, quase doente, ficou à espera. Talvez ela, com pena, voltasse.
Mas permaneceu calada…nenhum sinal.
Já em estado febril a canção viu tudo a arder: A casa antiga, a praia, o Bar dos camaradas canalhas, os namorados, toda a infância que a letra abordava.
E começaram a vir-lhe à cabeça versos tailandeses.
Todos sabemos o que esses versos, assim como o tempo, fazem às coisas; montam-lhes o cerco, seca-as por dentro e por fora.
Então, já quase a desfalecer de mágoa e de saudades, a canção foi procurar refúgio dentro de um sonho.
Cumprindo desse modo o desígnio do autor que a intitulou…
…QUERO-TE FRACA!