Ainda mal começaram e já os debates televisivos para as presidenciais tiveram uma baixa. Cândido Ferreira abandonou o debate de Sexta-feira, na TVI 24, onde que era suposto participar com Marcelo Rebelo de Sousa, Jorge Sequeira e Vitorino Silva (Tino de Rans). O candidato abandonou o estúdio depois de ler um documento no qual se manifestava contra o modelo de debates definido pelas televisões por “dividirem os candidatos em três grupos, impedindo que todos debatam com todos”. Trata-se, na sua opinião, de uma “injusta discriminação que ficará para sempre a envergonhar esta eleição e a reduzir a democracia em Portugal”.
As televisões decidiram promover um conjunto de frente-a-frente com sete dos candidatos e, a complementar, debates em que os outros três discutam com os que as sondagens indicam terem maiores probabilidades de vencerem as eleições.
No início deste debate, o jornalista de serviço, Paulo Magalhães, justificou a fórmula escolhida por ser inviável fazer meia centena de debates. Assim, optou-se por, ao plano de debates já acordado há cerca de seis semanas, envolvendo “as candidaturas dadas como viáveis na altura”, acrescentar este modelo, de forma a que os três outros candidatos que, entretanto, também formalizaram as suas candidaturas possam expressar os seus pontos de vista e projectos. Uma justificação que não convenceu Cândido Ferreira. Os restantes candidatos em estúdio, embora tenham continuado o debate, também manifestaram discordância e Marcelo Rebelo de Sousa, embora compreendendo as limitações das televisões, disponibilizou-se para fazer frente-a-frentes com todos.