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Sábado, Novembro 2, 2024

Caravana de protesto a caminho de El Guergarat

Isabel Lourenço
Isabel Lourenço
Observadora Internacional e colaboradora de porunsaharalibre.org

Uma caravana de protesto com centenas de saharauis dirige-se desde os campos de refugiados, dos territórios libertados e da Mauritânia à brecha ilegal de El Guergarat.

Após anos de protestos por parte da Frente Polisario e da população saharaui contra a brecha illegal que Marrocos abriu entre os territórios ocupados e territórios libertados em El Guergerat que funciona como corredor para o narcotráfico, o tráfico humano e apoio ao espólio dos recursos naturais saharauis, e sem qualquer tomada de acção por parte das Nações Unidas, a população saharaui decidiu realizar esta caravana.

A MINURSO (Missão das Nações Unidas para o Sahara Ocidental) que deve vigiar o cumprimento do cessar fogo, além da realização do referendo, não actuo contra esta abertura ilegal como é seu dever.

Os saharauis decidiram agora realizar uma mega caravana de protesto composta por homens e mulheres civis que ao longo do percurso até El Guergarat estão a entregar cartas de protesto à MINURSO.

Uma acção que evidencia a posição da população saharaui que perdeu totalmente a confiança num processo politico e na comunidade internacional.

A população saharaui nos territórios ocupados viu nos últimos meses um aumento da brutal repressão dos ocupantes marroquinos e de graves represálias contra os presos políticos saharauis nas prisões marroquinas.

Nos passados 12 e 14 realizaram-se as primeiras reuniões do Conselho de Segurança sobre o Sahara Ocidental wue no dia 24 de Outubro deve decidir sobre o prolongamento do mandato da MINURSO.

Se não houver uma mudança drástica na posição do Conselho de Segurança e sejam tomadas medidas prácticas para a proteção da população saharaui, o fecho da brecha ilegal e o agendamento da realização do referendo, os saharauis estão dispostos a romper com o processo políticos após 29 anos de resistência não violenta e uma ofensiva cada vez maior por parte do ocupante marroquino.

A comunidade internacional não pode esperar que um povo inteiro continue a ser vitima de um genocídio lento em silêncio e com a cumplicidade das Nações Unidas que têm com a sua inacção contribuído para o fortalecimento da ocupação ilegal marroquino e o status quo.



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