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Domingo, Novembro 3, 2024

Cavaco ao lado de Relvas Contra o Curso de Rio

José Mateus
José Mateus
Analista e conferencista de Geo-estratégia e Inteligência Económica

É o regresso da múmia ou um walking dead nova temporada…? Os zombies estão a sair da toca. Miguel Relvas atirou-se a Rui Rio para fazer “prova de vida” (uma coisa de dead man walking) e logo saltou o Cavaco (também numa  coisa de dead man walking) com um comunicado para a Lusa a desancar o pobre do Rio, tornado alvo favorito dos zombies desta nova temporada.

Cavaco, Passos e os Relvas da vida encostaram o PSD a uma direita neo-liberal radical, mudando totalmente o posicionamento e a imagem do partido e colocando-o à beira da fragmentação e, logo, do colapso como partido de governo (veja-se “o fado do desgraçadinho” Santana Lopes).

Quando Rio tomou conta do partido, era essa a situação, com Cavaco e Passos em fuga depois de terem levado uma valente e surpreendente (para eles…) coça política.

Num cenário destes, a tarefa central de Rio era impedir esse colapso e impedir o adversário socialista (o tal que dera já uma bela coça a Cavaco e Passos) de tornar absoluta a sua vitória.

Era, obviamente, uma estratégia defensiva, para impedir o adversário de desbaratar o que restava do PSD, reagrupar as tropas ainda vivas e em condições, fazer pelo caminho algumas limpezas de lixo e tralhas acumuladas por Cavaco e Passos e assim preparar a segunda parte do desafio.

Uma segunda parte, em que Rio conta passar de um modo puramente defensivo para uma estratégia de ataque e alcançar, então, sim, o poder.

Para um ser com alguma racionalidade tudo isto faz sentido e ninguém pode dizer que Rio não teve êxito na execução desta primeira parte da sua estratégia política.

Então de que é ele acusado pelos walking deads? De não ter ganho as eleições, coisa que estes mesmos walking deads tinham tornado impossível…

O PSD tem tido ao longo dos tempos uma forte costela suicida. Não é por isso de descartar a possibilidade de sucesso desta fronda dos zombies e consequente regresso de Rio ao Porto.

António Costa já foi, certamente, pôr uma velinha à Senhora de Fátima (ou a qualquer outra santinha da sua devoção) para que tal despedimento de Rio aconteça mesmo. Se não o fez ainda, deve ir rapidamente tratar disso…


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