Dirigentes das centrais de trabalhadores se reuniram na tarde desta sexta-feira (28) diante do prédio do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS) para confirmar o êxito da greve geral que tomou o país contra as reformas trabalhista, da previdência e contra a terceirização ilimitada.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) calcula que pelo menos 35 milhões de trabalhadores aderiram ao movimento.
O setor de transporte foi um dos mais fortes influenciando na mobilidade de capitais como São Paulo Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza e Curitiba.
A sociedade começa a se manifestar positivamente. Deixa claro o apoio e a solidariedade à greve quando questionada pela imprensa porque reconhece o movimento como legítimo e necessário. Reclama que as coisas do jeito que estão não podem ficar”
Escolas, bancos e fábricas fortaleceram a greve geral em todo o país. Os serviços que não podem paralisar totalmente, como o setor de saúde, realizaram escalas de trabalho. É unânime entre os presidentes das centrais que a dobradinha movimento sindical e amplos setores da sociedade determinaram o êxito da greve, que pressiona mais ainda o governo Temer e o Congresso Nacional.
Nesta semana, a Câmara dos Deputados aprovou o texto do relator que trata da reforma trabalhista e inicia na terça-feira (2) o debate do relatório da reforma da Previdência Social.
O trabalhador organizado fez greve, quem não está empregado fez greve, a população apoiou e deu o recado de que quer se aposentar antes de morrer e que não concorda em rasgar a CLT(Consolidação das Leis do Trabalho)”
Para Adilson, as reformas de Temer são um ensaio “que caminham para um tempo de trabalho análogo à escravidão em que trabalhador é desassistido de direitos basilares”.
“A greve foi excepcional e até surpreendente em algumas pequenas cidades que aderiram. Foi uma resposta ao projeto do relator, que se mostrou pior do que o original”
De acordo com o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, a greve foi positiva é simbolizou uma demonstração política dos trabalhadores que através dos seus sindicatos que repudiam as propostas do governo Temer.
“Os trabalhadores demonstraram ao Temer que ou ele modifica a proposta ou teremos outro ato deste”
O presidente da União Geral de Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, afirmou que em caso de não haver mudanças as centrais devem preparar novos atos.
A ação foi muito forte. Muito maior do que o dia 15. Demonstrou que a unidade das centrais é pra resgastar direitos violados como projeto do deputado Rogério Marinho. O substitutivo violenta um processo de mais de cem anos tirando e flexibilizando direitos”
As centrais vão redobrar a pressão no Congresso Nacional. A proposta de reforma trabalhista, que altera 116 artigos da CLT, tramitará no Senado.
As coisas que aconteceram na câmara poderão não ter o mesmo eco no Senado portanto agora nós devemos nos voltar a pressionar os senadores, dialogar mais e melhor com os partidos e é o tempo que vamos consolidando esse movimento para construir uma frente ampla para viabilizar uma agenda que possibilite que o país saia desse cenário de instabilidade”
Finalizou Adilson.
Por Railídia Carvalho | Texto original em português do Brasil
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