“Tropix” é o quarto álbum de Maria Céu Whitaker Poças, que contém 12 Canções de amor com a habitual simplicidade, sedução e a delicadeza de sempre.
Céu, que é dona de uma das vozes mais singulares e interessantes da nova geração da música brasileira, e da chamada MPB, nos últimos 10 anos, continua a compor de uma forma muito sui generis.
O novo CD da cantora e compositora brasileira é mais introvertido e etéreo.
“Tropix” vem do futuro, do digital, e trás consigo novos sons, dando-nos uma sensação de pós-modernidade, onde se estabelece uma ponte entre a música popular brasileira e o electro–pop.
“Perfume do Invisível” (já com single e teledisco), “Varanda Suspensa” e “Pot-Pourri: Etílica/Interlúdio”, são faixas que mudam de vibração conforme se desenvolvem, quase sempre partindo de sonoridades electrónicas para chegar a uma sonoridade mais aberta.
“Arrastar-Te-Ei” é a canção mais tropical do novo trabalho. “Minhas Bics”, poderia ser melhor, no entanto, a base percussiva e o arranjo de guitarra, salvam a faixa número 7.
“Chico Buarque Song”, tem bossa nova nos versos e contém a maior luminosidade de “Tropix”. “Camadas” é outro foco de luz no disco. “A Nave Vai” é mais pop e de fácil audição.
A melancolia que embala os discos anteriores de Céu está presente em “Sangria”. Enquanto, “Rapsódia Brasilis”, a última faixa do álbum, é a canção mais à frente que a compositora já gravou, nela se revela também todo o potencial da nova formação musical, Pupillo (bateria) Pedro Sá (guitarra) Lucas Martins (baixo) e Hervé Salters (teclados, programações).
“Tropix” não é um disco para novos públicos, para isso, há o recomendável “Caravana Sereia Bloom” (2012) ou mesmo “Ao Vivo” (2014).
Tropix (2016) tem bossa nova, samba, synthpop, jazz e ritmos tropicais, e é com certeza, um passo à frente na carreira de Céu.
Disponível no Spotify, desde o dia 18 de Março, e nas lojas, desde sexta-feira, 25 de Março.