O número representa 20% a mais que em 2015, avança esta sexta-feira a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Do total, cerca de 4.900 perderam a vida ao tentar atravessar o mar Mediterrâneo para chegar às costas europeias, nomeadamente a Itália, Grécia, Chipre ou Espanha. É uma média de 20 mortes por dia. Os números já incluem o naufrágio de um barco que transportava 114 passageiros ao largo da costa de Zawiya, na Líbia, que vitimou 88 pessoas.
De acordo com a organização, o saldo total da tragédia pode ainda aumentar até ao final do ano. Estimativas adiantam que a travessia do Mediterrâneo, utilizada por cerca de 360 mil migrantes em 2016, é o caminho mais perigoso do mundo.
A OIM e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) indicam ainda que o número de mortes de migrantes noutros locais do mundo também aumentou em 2016, em particular no norte de África e na África austral, na América central e latina e na fronteira entre o México e os Estados Unidos.
Segundo William Spindler, porta-voz da ACNUR, este é o pior ano de sempre relativamente ao número de mortes no Mediterrâneo. No final de 2015, o número de vítimas era de 3770. As agências da ONU apelam aos países que pensem noutras formas, legais, de receber refugiados, para evitar este género de tragédias.