A opinião maioritária resulta da análise de várias sondagens, entre elas a da CNN que avança os valores de 57% para Clinton contra 34% de Trump.
O New York Times escreve que Trump mentiu
Mentiu acerca do video sexista, mentiu sobre a taxa da economia, a situação do mercado de trabalho e as suas próprias posições sobre a guerra do Iraque, sobre o ISIS e sobre os refugiados sírios.
Segundo o The New Yorker, este foi o debate presidencial mais repugnante de sempre. Por seu lado, o Washington Post refere que muitos o apelidam de “O Show de St. Louis”. Adianta ainda este jornal, que uma série de acontecimentos deixaram Trump isolado, politicamente atingido e mais imprevisível que nunca.
Retirada de apoio dos Republicanos
A hecatombe de Trump junto dos conservadores é irreversível, como se tem vindo a verificar. Personalidades como Collin Powell e Condoleezza Rice manifestaram o seu repúdio. E o recurso a insultos e ameaças a Clinton no debate de ontem foi considerado, num artigo do New York Times Opinion, como ” um discurso de ditador!”.
Esta postura de Trump terá sido uma aposta de alto risco que pode desagradar aos que, no seu partido, estão ainda indecisos no apoio à sua campanha, escreve o Washington Post.
De facto, vários jornalistas e comentadores conservadores manifestam o seu desagrado. Nomes como Jennifer Rubin do blog Turn Right do Washington Post, Ron Fournier do The Atlantic (“Trump sabe que não vai ser presidente”), e o professor Marc Lamont Hill do Morehouse College descreve Trump como derrotado e até incoerente.
Trump e a verdade
A opinião pública acredita que “cada vez é mais evidente a dificuldade de Trump em falar verdade…”, como refere o The New Yorker, cujos jornalistas têm também denunciado os casos mais flagrantes. Nomeadamente, quando Trump acusa os imigrantes de terem feito aumentar os níveis de criminalidade, não tendo em conta que a sua própria mãe pode ser considerada uma imigrante, oriunda da Escócia.
Outro tema sob investigação diz respeito às (alegadamente suspeitas) doações e campanhas em prol de obras de caridade. Aliás, Trump disse explicitamente ter declarado prejuízos de 916 milhões de dólares na declaração de 1995 para evitar pagar impostos.