A evolução moderna, confundida com aquilo a que chamamos desenvolvimento, não é, na actualidade, outra coisa senão uma forma extrema de opressão tecnológica. O progresso não tem lei. Assim nos ensinou Morin. Prova disso é um ser humano cada vez menos capaz de ter uma atitude intensa face ao conhecimento de si próprio.
Esta relação desatenta, vaga e tantas vezes cega que temos com a tecnologia é , ainda assim, valorizada pela vertente terapêutica. As tecnologias aptas para induzir o ser humano a estados alterados da consciência possibilitam já o tratamento da dor, da ansiedade, de fobias sociais e de medos. Alguns exemplos: o medo de falar em público, tirar sangue, o stress pós-traumático, a aracnofobia, andar de avião, o medo das alturas, o treino de bombeiros em situações extremas, etc..
Serão estas tecnologias responsáveis pela nova colonização do espírito humano? Penso que é cedo para saber. Contudo, acredito que aos detractores da tecnologia não cabe senão a responsabilidade de julgar os homens. Nunca as máquinas…